Ministro da Economia entregou prémios «Espírito Empreendedor» em Odemira

Prémios integram-se no programa Odemira Empreende, promovido pela Câmara deste concelho alentejano e que apoia as ideias e os projetos de gente do concelho

Um centro de produção de plantas de medronho, uma empresa que se dedica à canoagem de mar, kayak e stand up paddle, mesmo durante o Inverno, uma pastelaria que produz bolos e ementas tradicionais, mas também vegetarianas, sem glúten ou sem açúcar, e ainda um restaurante que é também destilaria e museu do ferrador.

Estes foram, em resumo, os quatro projetos hoje galardoados com os prémios «Espírito Empreendedor», criados pela Câmara Municipal de Odemira e entregues pelo ministro da Economia e pelo presidente da autarquia, na FACECO, em São Teotónio.

O jovem empreendedor José Fontes, natural do Porto mas a residir em Odemira, com a ideia «Centro de Produção e Investigação do Medronho», ganhou o prémio para a Melhor Ideia Empreendedora e Criativa, no valor de 2000 euros.

A sua ideia incide na criação de um pomar e viveiro de medronheiros para efeitos de produção, investigação e prestação de serviços.

O 1º prémio para as Novas Iniciativas Empresariais, no valor de 1500 euros, foi atribuído à Destilaria do Ferrador, de Ana Camacho, outra jovem empreendedora.

A Destilaria do Ferrador parte da remodelação de um espaço familiar na aldeia de S. Luís, no interior de Odemira, que pertenceu ao último ferrador do concelho, avô da promotora e que estava presente na entrega dos prémios.

Inclui um novo espaço de taberna, que dá destaque aos produtos locais e à gastronomia tradicional, um museu do ferrador e ainda uma destilaria de aguardente de medronho.

A 2ª classificada nas Novas Iniciativas Empresariais, que recebeu um prémio de 1000 euros, foi Sílvia Calapez, pelo seu projeto «BomqueBom», uma pastelaria de Odemira (perto do Tribunal), que tem fabrico próprio e caseiro, de refeições saudáveis, ementas e produtos vegetarianos e sem glúten, e ainda produtos sem açúcar.

A empresária salientou que usa sobretudo «produtos do concelho, em especial os biológicos».

Finalmente, o 3º classificado foi Gonçalo Tomás, agraciado com 500 euros, com a sua empresa Paddle South Portugal, situada em Vila Nova de Milfontes. Trata-se de uma empresa de animação turística, que oferece treino e ensino de canoagem de mar, kayak e stand up paddle.

Como explicou o empreendedor na cerimónia, uma das principais características da Paddle South Portugal é o facto de, no Verão, trabalhar para os veraneantes, como é habitual, mas não fechar no Inverno, e nessa altura receber clientes sobretudo do Norte da Europa, que procuram a foz do Mira e o mar do concelho para praticar ou treinar, nomeadamente canoagem.

No final da entrega dos prémios, o ministro Manuel Caldeira Cabral salientou o facto de se tratar de «quatro projetos muito interessante e muito diferentes uns dos outros».

O governante destacou, em especial, o projeto de Gonçalo Tomás. «Quando se liga o turismo ao desporto, o turismo deixa de ser sazonal e passa a ter clientes ao longo de todo o ano», disse.

O ministro da Economia salientou ainda o facto de estes prémios criados pela Câmara de Odemira terem trazido «novas pessoas para o concelho» ou dado «oportunidade para as pessoas do concelho começarem de novo ou se fixarem por cá».

«São projetos mais pequenos, que não apostam na quantidade, mas no valor e nos produtos endógenos», sublinhou.

Frisando que «o trabalho que esta Câmara tem feito com as empresas e os empreendedores merece ser reconhecido», o ministro Caldeira Cabral anunciou que em breve haverá em Odemira um Espaço Empresa, destinado a facilitar a vida aos empresários.

Por seu lado, José Alberto Guerreiro, presidente da Câmara de Odemira, salientou que o programa «Odemira Empreende», onde se inserem os prémios hoje entregues, é financiado «exclusivamente pelo orçamento municipal». O programa, esclareceu, «não substitui nenhum dos apoios» existentes, por exemplo no âmbito dos fundos europeus, é apenas «um complemento para as pequenas iniciativas».

O autarca acrescentou que existe mesmo uma «majoração de 10% para as iniciativas que surjam na faixa mais interior do concelho». «A tónica é fazer com que não percamos uma só iniciativa nessa faixa interior».

 

Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

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