PSD acusa PS de «falta de respeito» pela democracia ao pedir auditoria às contas

O PSD de Vila Real de Santo António considera que o PS mostrou «uma tremenda falta de respeito pelas regras da […]

O PSD de Vila Real de Santo António considera que o PS mostrou «uma tremenda falta de respeito pelas regras da democracia» ao pedir uma auditoria às contas da Câmara Municipal.

Para o PSD, que lidera a autarquia de VRSA, o PS «não sabe conviver com a verdade dos factos e não confia nem nas instituições que diariamente auditam as contas da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, nem em quem democraticamente escolheu o PSD para liderar e gerir a autarquia».

O Partido Social Democrata considera que a «proposta do PS não é rigorosa e não responde a nenhuma das questões levantadas, uma vez que as contas do município estão sujeitas às mais apertadas medidas de controlo e de fiscalização realizadas por diversas e credenciadas entidades como o Tribunal de Contas, a Inspeção Geral de Finanças, a Inspeção Geral das Autarquias Locais, o Fundo de Apoio Municipal, o Programa de Apoio à Economia Local e os Revisores Oficiais de Contas, que certificam as contas quer do município, quer da empresa municipal».

Por outro lado, «o PS desconhece as diferenças entre o que é uma auditoria às contas de gerência e uma auditoria de gestão, pelo que, ao sabor do vento, e tendo-se apercebido do seu erro, vem subitamente, e de forma dissimulada, tentar alterar o teor das suas propostas», acusa o PSD.

«Quem escolhe os gestores públicos que guiam os destinos dos municípios portugueses é o povo, através do voto, e esta é a única e verdadeira auditoria de gestão válida em democracia», acrescenta a Comissão Política de Secção do PSD de VRSA que entende que não é «necessário» haver essa auditoria de gestão.

O PS, num comunicado divulgado, dizia pretender, com esta proposta, «dar a conhecer aos vilarealenses como foi gerida a autarquia, identificar os erros cometidos, evitar a sua repetição e apurar as responsabilidades de gestão».

Segundo os socialistas,«a contabilidade financeira é muito clara. Quando a atual autarca entrou para a autarquia, em 2005, a Câmara Municipal de VRSA devia 7,8 milhões de euros e em 2017 deve 78,2 milhões ao que acresce ainda o valor da dívida da SGU que ascende a 77,5 milhões».

«A desculpa de que a Câmara e a SGU são auditadas não colhe. São o mesmo tipo de auditorias que permitiram que grandes bancos falissem e que hoje, todos os portugueses, estejam a pagar os erros de gestão que foram escondidos durante anos pelos dirigentes», refere ainda o PS.

Também a CDU já pediu uma auditoria, mas à«gestão política destes últimos 20 anos».

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