WWF alerta para os níveis de poluição de plástico na Costa Vicentina

Há plástico, e muito, entre o lixo depositado nas areias das praias da Costa Vicentina. O alerta chega da parte […]

Há plástico, e muito, entre o lixo depositado nas areias das praias da Costa Vicentina. O alerta chega da parte da organização ambientalista internacional WWF – World Wildlife Fund, que lançou um relatório esta sexta-feira, Dia Mundial dos Oceanos, em que revela que o plástico representa atualmente «95 por cento dos resíduos» encontrados, atualmente, nas águas do Mediterrâneo e que o problema também está a crescer no nosso país.

A situação de Portugal, que se encontra à porta deste Mar, também é focada no documento, intitulado “Sair da armadilha plástica: salvar o Mediterrâneo da poluição plástica”. No nosso país, as situações mais preocupantes são as das praias da zona de Lisboa e da Costa Vicentina. É aqui que a predominância de resíduos plásticos entre o lixo encontrado nos areais é maior.

Estas duas zonas estão acima da média nacional de percentagem de plástico encontrado entre o lixo nas praias, que se fixa nos 72 por cento, em relação ao lixo encontrado em zonas industriais e de estuários. A razão apontada para esta maior prevalência de plásticos e microplásticos é a proximidade aos estuários do Tejo e do Sado.

Segundo a organização ambientalista, que cita estudos científicos, no nosso país há «dados preocupantes ao longo da cadeia alimentar marinha, nomeadamente em espécies que servem de alimento a peixes e mamíferos».

Se nas praias de Portugal a situação é já preocupante, aquela que se vive no Mediterrâneo é ainda mais crítica. Segundo a WWF, este Mar pode vir a tornar-se «numa armadilha plástica, com níveis recorde de poluição causada por microplásticos, que ameaçam tanto espécies marinhas como a saúde humana».

Por países, são a Turquia e a Espanha que mais contribuem para a poluição por plásticos. Seguem-se Itália, o Egipto e França. Também os turistas que visitam as praias do Mar Mediterrâneo deixam a sua marca, já que, segundo a WWF, «são responsáveis por um aumento de 40 por cento no lixo marinho».

A organização mundial deixa algumas recomendações para reverter a situação. À sociedade civil e decisores políticos, pede que tomem medida que permitam diminuir a poluição com plásticos não apenas em zonas costeiras e marítimas, mas também em ambiente urbano.

A nível internacional, a WWF sugere a celebração de um acordo que permita eliminar as descargas de plástico para os oceanos.

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