Livro “Utopias” pensa como será São Brás daqui a 100 anos

O livro “Utopias”  junta olhares de um conjunto de são-brasenses, de diversas idades, para pensar como será São Brás daqui […]

Foto: Fabiana Saboya | Sul Informação

O livro “Utopias”  junta olhares de um conjunto de são-brasenses, de diversas idades, para pensar como será São Brás daqui a 100 anos e foi apresentado no passado dia 10 de Junho, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Brás. 

A obra é coordenada por Violantina Hilário, nasceu no âmbito do Centenário do Município e foi apresentado no âmbito do 10 de Junho, Dia de Portugal, que São Brás comemorou com um programa especial que convidou a comunidade a recordar o passado e a pensar o futuro do concelho.

O programa comemorativo arrancou com as Cerimónias Solenes nos Paços do Concelho de Hastear da Bandeira Nacional, ao som do Hino interpretado pela Banda Filarmónica de São Brás de Alportel que, no dia do seu 11º aniversário, apresentou a público o seu novo fardamento, investimento avultado que contou com o apoio da Câmara Municipal e Junta de Freguesia.

O aguardado momento de apresentação da obra a público contou com a presença de Emanuel Sancho, diretor do Museu do Traje, que dirigiu os trabalhos do Grupo Executivo da Comissão do Centenário e que fez o enquadramento desta obra.

A sua intervenção começou com a leitura de um artigo publicado no jornal são-brasense “Ecos do Sul”, em 1911, e assinado por Edarf que dava conta do seu sonho de como seria São Brás de Alportel em 2011.

No seu sonho, São Brás de Alportel já seria vila e uma das mais importantes do Algarve, que o Alportel seria aldeia, que seria construído um sanatório assim como edifícios importantes como os Paços do Concelho e uma avenida ampla. O autor sonhava que São Brás de Alportel em 2011 já teria ligação ferroviária e que as suas ruas seriam cruzadas por elétricos, entre outras notas.

Muitas destas previsões acabaram por concretizar-se. Emanuel Sancho serviu-se deste texto para explicar que o livro “Utopias” tem na sua génese a vontade de pensar o futuro.

Esta obra, de edição municipal, integra ainda um conjunto de Micro Contos elaborados por alunos do Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas.

Um livro que aos olhos de Nídia Amaro, diretora do Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas, é importante porque é ousada e motivadora.

«Falar de utopias é também alargar as fronteiras do realizável. Sonhos que inspiram e mobilizam individual ou coletivamente e dão origem a concretizações», observou Violantina Hilário, coordenadora da obra, e, na altura das comemorações do centenário do concelho, diretora do Agrupamento de Escolas.

Utopias tecnológicas, ecológicas, económicas, de trabalho criativo e até hospitaleiras estão, segundo Violantina Hilário, presentes nesta obra tão peculiar, rica de ideias e que mostra um conhecimento profundo da identidade são-brasenses por parte dos intervenientes.

Na sua intervenção, Vítor Guerreiro, presidente da Câmara, afirmou que «São Brás de Alportel sempre foi rico em homens e mulheres sonhadores e lutadores» nas mais diversas áreas e com desempenho reconhecido a nível local, regional, nacional e até internacional.

O autarca considera que as Comemorações do Centenário permitiram honrar o passado mas também se tornaram num ponto de partida para pensar o futuro e em como é possível tornar as utopias atuais em realidade no futuro.

Recordar foi o desafio da Tertúlia “90 anos de histórias em São Brás de Alportel” que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de São Brás de Alportel promoveu ao final da manhã.

Este foi «um momento especial que contou com a presença de elementos atuais da direção da Associação e do Comando, bem como muitos antigos dirigentes e comandantes e muitos antigos soldados da paz são-brasenses».

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