Descida da ocupação no Algarve não impede hotéis de ter mais retorno financeiro

A diminuição da taxa de ocupação por quarto nas unidades hoteleiras algarvias nos primeiros quatro meses de 2018 não impediu […]

A diminuição da taxa de ocupação por quarto nas unidades hoteleiras algarvias nos primeiros quatro meses de 2018 não impediu o aumento, ainda que ligeiro, do retorno financeiro, revelou a AHP- Associação de Hotelaria de Portugal.

A associação empresarial divulgou esta sexta-feira os dados que recolheu sobre a hotelaria nacional, através da «ferramenta exclusiva» AHP Tourism Monitors, que permite avaliar mensalmente o desempenho dos hotéis do país.

No que diz respeito ao Algarve, a associação destaca a taxa de ocupação de Abril, que se fixou em 60%, menos 4,8 pontos percentuais do que em 2017. «Na taxa de ocupação, a assinalar variações negativas em todas as categorias».

Ainda assim, no acumulado entre Janeiro e Abril de 2018, «o RevPar [Revenue per Available Room ou Receita por Quarto Disponível] registou um crescimento de 1%». O preço médio por quarto foi de 61 euros, no mesmo período e em relação ao Algarve.

«A categoria quatro estrelas foi a que registou um maior crescimento no preço médio por quarto ocupado e RevPar no quarto mês do ano», acrescentou a AHP.

Outro dado que se destaca, em relação à região algarvia, é o aumento do peso do mercado nacional nas dormidas, no primeiro quadrimestre de 2018, em relação a igual período do ano anterior. Os hóspedes portugueses garantiram 22% das dormidas (em 2017 o valor foi de 19%) apenas superados pelos britânicos (29%) e seguidos pelos alemães (15%).

A nível nacional, também houve um decréscimo na ocupação, ainda que ligeiro (0,7 pontos percentuais, fixando-se nos 59%) e um aumento do rendimento por quarto, neste caso, bem mais expressivo do que no Algarve, nomeadamente de 9%. Já o preço médio por quarto ocupado subiu 10 por cento, para uma média de 78 euros.

«Lisboa foi o destino que registou a melhor performance (101 euros), seguido do Grande Porto (79 euros) e de Estoril/Sintra (74 euros)», revelou a AHP.

«Os resultados do primeiro quadrimestre de 2018 não são uma surpresa, até porque já vínhamos a registar um abrandamento mensal na taxa de ocupação desde o início do ano. De assinalar, todavia, que Abril foi o único mês com variação negativa neste indicador, imputável ao efeito Páscoa e também, crê-se, às condições climatéricas adversas», considerou Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal.

«Apesar dos resultados não serem uma surpresa, há dois destinos para os quais olhamos com alguma preocupação: Açores e Leiria/Fátima/Templários, cuja taxa de ocupação está em queda desde o início do ano. Em contrapartida, é interessante também registar o peso das dormidas nacionais nos destinos Norte, Centro e Alentejo, e o crescimento no Algarve, neste período, testemunho da importância que o mercado interno tem na época baixa nestes destinos», concluiu a dirigente da AHP.

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