Costa foi a Loulé «mostrar como as árvores são amigas», mas também falou de petróleo

António Costa cumprimentou uma “laranjeira”, tirou dezenas de selfies com crianças e até deu um “abraço verde”. O primeiro-ministro foi […]

António Costa cumprimentou uma “laranjeira”, tirou dezenas de selfies com crianças e até deu um “abraço verde”. O primeiro-ministro foi o centro das atenções nas comemorações desta sexta-feira, 1 de Junho, Dia da Criança, em Loulé, onde disse que «as árvores são nossas amigas». Só que o governante também falou do avanço da prospeção de petróleo, ao largo de Aljezur, justificando que «o país tem de saber os recursos que tem». 

O Parque Municipal de Loulé acolheu 3 mil alunos do concelho para uma iniciativa, a nível nacional, do Ministério da Educação, que desafiou as escolas para assinalar o Dia da Criança, com a preservação da floresta a ser o tema principal.

A algumas dessas crianças, da Escola EB1 nº3 de Loulé, António Costa fez mesmo um pedido: «têm de dizer às pessoas que vêm às praias do Algarve para não as sujar». Já mais à frente, o chefe de Governo sentou-se na relva para, sorridente, ouvir uma história com rimas.

Mas o principal momento chegou só às 11h00, quando António Costa, Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, e Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, se juntaram, de mãos dadas com as crianças, para dar um abraço a uma árvore, num gesto simbólico de proteção do ambiente, integrado numa iniciativa do Governo.

O “Abraço Verde”

Refeito da azáfama, o primeiro-ministro falou aos jornalistas. Este tem sido um ano «em que o país se tem mobilizado de todas as formas possíveis para assegurar que a floresta é um bem que protegemos e isso começa na infância», disse.

Para o governante, nessa altura da vida, «todos sabemos que as árvores são nossas amigas». Depois, na idade adulta, é preciso «procurar ter a floresta limpa e ter um comportamento que evite a existência de ignições», acrescentou.

Confrontado com a questão do avanço da prospeção de petróleo, ao largo de Aljezur, sem Avaliação de Impacte Ambiental, António Costa garantiu que, caso haja depois exploração, haverá esse estudo.

«Mesmo quando tivermos alcançado, em 2050, uma fase de neutralidade carbónica, teremos de importar 10 a 15 milhões de barris por ano para continuar a satisfazer os abastecimentos. Não podemos ignorar que, durante muitos e muitos anos, o mundo vai continuar a consumir petróleo e nós pagamos uma fatura imensa ao estrangeiro», considerou.

Antes de ir embora, António Costa ainda teve tempo para ensaiar umas pancadas de ténis e garantir que, apesar da manhã de afetos, «nunca» concorre «com o Presidente Marcelo».

Certo é que a jornada no Algarve, para o primeiro-ministro, ainda não terminou.

Após uma visita ao Refúgio Aboim Ascenção, em Faro, a partir das 15h00, com a companhia do ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, António Costa estará em Monchique, para uma limpeza de matos, visitar o posto de vigia da Madrinha e a mostra dos meios integrados no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

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