As utentes do Hospital de Faro que necessitam de fazer mamografias estão a ser reencaminhadas para a unidade de Portimão do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) desde que o mamógrafo existente na unidade de saúde da capital algarvia se avariou, garantiu o Conselho de Administração dos hospitais algarvios.
O CHUA confirmou, num esclarecimento solicitado pelo Sul Informação, que o mamógrafo existente no Hospital de Faro está avariado, mas negou que isso signifique que haja utentes sem acesso ao exame, como denunciou esta quarta-feira o Bloco de Esquerda.
O BE questionou o Governo sobre a avaria deste equipamento, que dura «pelo menos desde dia 11 de Abril,, no hospital farense, que «causa transtorno aos utentes e induz ansiedade às pessoas que aguardam este exame».
Além de perguntar ao Ministério da Saúde quando se esperava que o equipamento estivesse novamente operacional, os bloquistas alegaram que «não é transmitida qualquer informação relativamente a alternativas de encaminhamento para outra instituição». «Também não há previsão de realização do exame, situação que os deputados consideram inadmissível», acusa.
Salientando que «em nenhum momento o Grupo Parlamentar do BE questionou a administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUAlgarve) sobre o assunto ou relativamente às condições técnicas e operacionais do equipamento», a administração do CHUA nega esta última realidade.
«Verificou-se efetivamente uma avaria no equipamento, instalado no Hospital de Faro. Contudo, as utentes estão a realizar os seus exames no Hospital de Portimão, garantindo assim o CHUA a continuidade do diagnóstico e tratamento», garantiu.
«Informamos ainda que, devido ao facto do equipamento se encontrar em fim-de-vida do ponto de vista técnico, é necessário proceder à sua substituição. O processo de aquisição do equipamento (mamografo), que ronda os 300 mil euros, encontra-se atualmente em curso e faz parte do Plano de Investimento para a área da Imagiologia, contemplando ainda o upgrade técnico dos dois equipamentos TAC para equipamentos de nova geração, passando dos atuais 16 para 64 cortes», acrescentou o CHUA.
Estas melhorias vão motivar um investimento global que ascende a cerca de 860 mil euros, que seráfeito no âmbito do Plano de Investimentos para a área da Imagiologia, «dando assim continuidade ao trabalho iniciado em 2017, onde à data se investiu cerca de 600 mil euros nos equipamentos de ressonância magnética, de ecografia e de radiologia convencional».
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