Colóquio em Faro junta presos políticos para falar de “Resistência na luta pela Liberdade”

O colóquio “A Resistência na luta pela Liberdade e a Democracia” realiza-se esta quarta-feira, 18 de Abril, às 18h30, no […]

O colóquio “A Resistência na luta pela Liberdade e a Democracia” realiza-se esta quarta-feira, 18 de Abril, às 18h30, no Club Farense, com a presença de Carlos Brito, José Pedro Soares e Isabel do Carmo. 

Todos são «alguns dos mais conhecidos e destacados presos políticos que nunca calaram a sua voz perante a ditadura e que, por esse motivo, eram constantemente alvo de perseguição e encarceramento», diz a Câmara de Faro.

Carlos Brito foi perseguido pela sua atividade como militante comunista e preso três vezes, cumprindo um total de oito anos de prisão nas cadeias do Aljube, Caxias e Peniche, onde foi duramente torturado.

Liberto em 1966, assumiu na clandestinidade, enquanto funcionário do PCP, a responsabilidade por diversas ações de propaganda contra o regime. Em 1967 chegou à direção do partido e, na década de 1970, era um dos principais operacionais no ramo militar, tendo tido um papel especial na mobilização do partido para o golpe de 25 de Abril de 1974.

José Pedro Soares, após terminar a antiga 4ª classe, estudou à noite na escola técnica onde, juntamente com amigos, criou um movimento associativo contra o fascismo e a guerra colonial, defendendo a libertação dos presos políticos.

Em 1971, com 21 anos, seria preso e só três anos mais tarde, no dia 26 de Abril de 1974, voltou à liberdade. Esteve em Caxias e Peniche onde foi alvo de torturas, espancamentos e muitos interrogatórios, depois de ter sido condenado por pertencer à oposição democrática, ser membro do PCP e lutar contra a guerra colonial.

Isabel do Carmo foi militante do PCP durante a sua juventude e anteriormente ao 25 de Abril de 1974. Fundou e dirigiu o Partido Revolucionário do Proletariado e as Brigadas Revolucionárias (PRP-BR), dirigiu o jornal Revolução: porta-voz do Partido Revolucionário do Proletariado – Brigadas Revolucionárias e foi uma das figuras mais destacadas do Processo Revolucionário em Curso (PREC). Foi detida e presa diversas vezes pela PIDE/DGS, tendo estado presa cerca de quatro anos até ser finalmente absolvida.

Este será o último colóquio do ciclo “Pensar Abril, Viver Abril”.

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