Muito cuidado com as caravelas-portuguesas que estão a dar à costa nas praias do Algarve

A Autoridade Marítima alertou, em comunicado, para a presença de caravelas-portuguesas (espécie aquática da família das medusas ou alforrecas) nas […]

A Autoridade Marítima alertou, em comunicado, para a presença de caravelas-portuguesas (espécie aquática da família das medusas ou alforrecas) nas praias do Sotavento Algarvio, em especial em Monte Gordo e na Manta Rota. Mas o Sul Informação constatou que também nos areais das praias do Barlavento, nomeadamente na zona de Alvor e Meia Praia, esta espécie urticante tem sido avistada nos últimos dias.

A Autoridade Marítima avisa para que as pessoas evitem o contacto com este organismo, que é muito venenoso.

A caravela-portuguesa tem o nome científico de “Physalia physalis” e vive na superfície do mar graças ao seu flutuador cilíndrico, azul-arroxeado, cheio de gás. Os seus tentáculos podem atingir 30 metros de comprimento e o seu veneno é muito perigoso.

Os sintomas da picada são dor forte e sensação de queimadura (calor/ardor) no local e ainda irritação, vermelhidão, inchaço e comichão.

Algumas pessoas, especialmente sensíveis às picadas e venenos das águas-vivas, podem mesmo ter reações alérgicas graves, como falta de ar, palpitações, cãibras, náuseas, vómitos, febre, desmaios, convulsões, arritmias cardíacas e problemas respiratórios.

Nestes casos, devem ser encaminhadas de imediato para o serviço de urgência.

Quem avistar caravelas-portuguesas nas praias, poderá contribuir para o GelAvista, um projeto promovido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que se destina a fazer a monitorização das populações destes organismos em toda a costa portuguesa, com a ajuda de toda a população, que deve indicar avistamentos ou enviar fotografias antigas. Para isso, clique aqui para poder colaborar e saber mais sobre estes organismos gelatinosos.

A Autoridade Marítima reforça a importância das pessoas adotarem um comportamento de segurança junto à orla costeira devido ao agravamento do estado do mar, evitando colocar-se situações de risco.

 

No caso de haver contacto com caravela-portuguesa, deverá proceder da seguinte forma:​
– Não esfregar ou coçar a zona atingida para não espalhar o veneno;
– Não usar água doce, álcool ou amónia;
– Não colocar ligaduras;
– Lavar com cuidado com soro fisiológico;
– Retirar com cuidado os tentáculos da água viva (caso tenham ficados agarrados à pele), utilizando luvas, uma pinça de plástico e soro fisiológico;
– Aplicar vinagre no local atingido;
– Aplicar bandas quentes ou água quente para aliviar a dor;
– Procurar assistência médica o mais rapidamente possível.

No caso de haver contacto com águas-vivas, também conhecidas como medusas ou alforrecas, deverá ter em conta os seguintes conselhos para prestar os primeiros socorros:
– Não esfregar ou coçar a zona atingida para não espalhar o veneno;
– Não usar água doce, álcool ou amónia;
– Não colocar ligaduras;
– Lavar com cuidado com soro fisiológico;
– Retirar com cuidado os tentáculos da água viva (caso tenham ficados agarrados à pele) utilizando luvas, uma pinça de plástico e soro fisiológico;
– Aplicar frio (bolsas de gelo) no local atingido para aliviar a dor (o gelo não pode ser aplicado diretamente na pele, deve ser enrolado num pano);
– Tomar um analgésico para aliviar a dor;
– Aplicar uma camada fina de pomada própria para queimaduras.

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