Luís Graça propõe ao Governo que apresente calendário para construção do Hospital Central

Luís Graça, presidente do PS/Algarve e deputado à Assembleia da República, propõe ao Governo que apresente um calendário para a […]

Luís Graça, presidente do PS/Algarve e deputado à Assembleia da República, propõe ao Governo que apresente um calendário para a construção do Hospital Central. 

Discursando na sessão de encerramento do 17º Congresso Federativo do PS/Algarve, que decorreu no sábado, 24 de Março, Luís Graça apelou para que se avance «rapidamente com a revisão do processo abandonado pelo Governo do PSD/CDS em 2011».

A proposta passa por «apresentar uma calendarização para a construção do Hospital Central do Algarve, dando continuidade à reestruturação do setor da saúde na região, que já passou pela criação do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), integrando o Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul, e pelo reforço da ligação com os centros de investigação da Universidade do Algarve, com a dinamização do Algarve Biomedical Centre (ABC)».

«Estou consciente de que não vamos ter o Hospital Central pronto amanhã mas devemos começar a trabalhar já e desafiamos o Governo a apresentar uma calendarização para o efeito até ao final deste ano», sublinhou Luís Graça.

O deputado socialista propôs também «a criação de dois “parques de saúde”, a Barlavento e a Sotavento, com base na ampliação de atuais centros de saúde garantindo atendimento 24 horas por dia, meios de diagnóstico complementares e internamento, manifestando a disponibilidade dos municípios algarvios e de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) para colaborarem financeira e tecnicamente com o Governo nesse desígnio».

O presidente do PS/Algarve alertou ainda o Governo para a necessidade de «avançar com a conclusão do processo de requalificação da EN125, entre Olhão e Vila Real de Santo António».

Também foi referido pelo parlamentar que não vai desistir de «lutar pela redução das portagens na A22 – Via do Infante ate ao final da atual legislatura, relembrando o estudo pedido pelo PS a membros da academia algarvia em 2015, onde se sustentava que podíamos reduzir as portagens na Via do Infante em 30% e, nalguns casos, até em 50%, sem que o Estado central nem a concessionária perdessem dinheiro com isso».

Mostrando-se contra a exploração de gás e petróleo na região, o presidente de PS/Algarve também a abordou na sua intervenção a temática da água e da energia, defendendo a construção da barragem de Alportel e apelando às Águas do Algarve para em articulação com os municípios desenharem um modelo que garanta autossuficiência no abastecimento de água às populações e à agricultura.

Aliás, foi com base no desempenho e no exemplo desta empresa, que Luís Graça defendeu uma valorização das energias renováveis na região, lançando o desafio aos autarcas presentes para a criação de um centro de poder regional para a gestão da energia no Algarve, assim como para em sede de revisão dos Planos Diretores Municipais existirem medidas concretas para a construção de habitação acessível às famílias e aos jovens.

Sobre o modelo de governação, Luís Graça reafirmou que o PS Algarve «é a favor da criação da região administrativa do Algarve», sublinhando que «devemos agarrar os processos de descentralização de competências para as autarquias e de democratização das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), em sintonia com as propostas do Governo para que estes sejam como o código postal meio caminho andado para a regionalização».

Para fundamentar a participação do PS/Algarve, Luís Graça anunciou que pediu a Adriano Pimpão, antigo reitor da Universidade do Algarve e ex-secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, para, em articulação com os autarcas e o presidente da CCDR Algarve, elaborar uma proposta concreta de competências para a CCDR enquanto proposta do PS/Algarve a negociar com o Governo no âmbito da democratização deste órgão.

Em simultâneo, anunciou aos congressistas que o antigo ministro João Cravinho aceitara coordenar o gabinete de reflexão estratégica, porque a credibilização da intervenção política passa por «estudar e fundamentar as propostas», de forma ponderada e responsável, uma vez que «o PS não é um partido de protesto nem basta fazer reivindicações para resolver os problemas da região».

Além do debate e aprovação da moção de estratégia global “Algarve Mais Forte”, apresentada por Luís Graça, o Congresso debateu mais dezassete moções setoriais e elegeu os órgãos da Federação para o biénio 2018/2020, antes de ser encerrado por José Apolinário, em representação do secretário-geral do Partido Socialista.

Numa jornada marcada pela presença do Governo no Algarve, onde o primeiro-ministro e o Ministro da Agricultura deram a partida à campanha nacional de limpeza da floresta, António Costa enviaria uma mensagem em vídeo aos congressistas, no contexto de uma homenagem ao médico e poeta Santos Serra, seu médico pessoal durante muitos anos e fundador do Partido Socialista em Albufeira onde foi eleito presidente da Assembleia Municipal.

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