Comunidade cigana do Cerro do Bruxo regressou ao seu acampamento

As famílias ciganas que estavam alojadas no Pavilhão Municipal de Faro, desde 4 de Março, voltaram esta terça-feira para o […]

As famílias ciganas que estavam alojadas no Pavilhão Municipal de Faro, desde 4 de Março, voltaram esta terça-feira para o seu acampamento, situado no Cerro do Bruxo.

A Câmara de Faro veio a público assinalar o fim «da missão humanitária» que foi levada a cabo, na sequência dos danos causados pelo tornado no acampamento desta comunidade cigana, e «saudar todos os intervenientes que ajudaram a ultrapassar as dificuldades que surgiram por estes dias».

A autarquia espera ter o pavilhão novamente disponível para eventos «na próxima semana», segundo apurou o Sul Informação junto da autarquia farense.

Na nota enviada às redações, a Câmara fez questão de «deixar um agradecimento público pela generosidade, compromisso, solidariedade, espírito de missão e voluntariado que todos devotaram no desempenho da importante missão de ajudar quem mais precisou, respondendo afirmativamente à mobilização suscitada. Foram insuperáveis».

Este agradecimento dirige-se, desde logo, «aos funcionários camarários do Departamento de Ação Social e Educação, da Divisão de Desporto e do Departamento de Infraestruturas e Urbanismo da Câmara Municipal de Faro».

Também visados pelos elogios são «a Proteção Civil, os Bombeiros Sapadores de Faro, a Associação Humanitária de Bombeiros de Faro “Cruz Lusa”, a Delegação de Faro/Loulé da Cruz Vermelha Portuguesa, a AAPACDM – Projeto FLICC, o CASA – Centro de Apoio aos Sem-Abrigo, a Santa Casa da Misericórdia de Faro, a AIPAR – Casa de Proteção à Rapariga, a Polícia de Segurança Pública, o Motoclube de Faro, o Grupo Folclórico de Faro e o CHUA – Centro Hospitalar Universitário do Algarve, que facultou o acolhimento provisório das 16h00 às 22h00, no dia 4 de Março».

«Uma palavra ainda para a União de Freguesias de Faro (Sé e São Pedro) e para a Junta de Freguesia de Montenegro, cujas equipas foram também uma presença constante e imprescindível neste período de exceção que acabámos de ultrapassar», acrescentou a Câmara de Faro.

A autarquia aproveitou para fazer «o público reconhecimento» aos clubes, atletas, famílias e demais utentes do pavilhão, «que se viram impedidos e/ou condicionados na prática das suas modalidades».

Ontem, depois de uma reunião com a secretária de Estado da Habitação, o presidente da Câmara de Faro pôs de lado a possibilidade de uma solução que envolva a instalação de pré-fabricados ou contentores para alojar os ciganos do Cerro do Bruxo, mas garantiu que a autarquia irá ajudar à reconstrução das barracas afetadas pelo tornado.

«A curto prazo vamos apoiar aquelas pessoas que ali estão no regresso ao seu acampamento, proporcionando-lhes algumas condições para elas refazerem as habitações onde estavam. Também iremos acompanhar, em termos sociais, com os projetos que já antes existiam. Esta é a solução em termos imediatos», disse Rogério Bacalhau.

No sábado, o Presidente da República esteve em Faro para visitar alguns dos locais mais afetados pelo temporal, nomeadamente o Pavilhão Municipal da capital algarvia, onde estava alojada a comunidade cigana e o seu acampamento.

Na ocasião, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa pediu à comunidade cigana paciência na espera por casas novas, embora possa haver uma solução intermédia, que permita dar melhores condições aos cerca de 130 membros da comunidade que vive no Cerro do Bruxo, junto à EN2, à saída de Faro.

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