Câmaras de Faro e Olhão, INEM e Autoridade Marítima juntam-se para financiar barco do Ria Solidária

As Câmaras de Faro e de Olhão, o INEM e a Autoridade Marítima Nacional vão passar a partilhar os custos […]

As Câmaras de Faro e de Olhão, o INEM e a Autoridade Marítima Nacional vão passar a partilhar os custos de manutenção do barco Ria Solidária, que faz assistência médica e evacuação de pessoas nas ilhas-barreira da Ria Formosa. O protocolo foi assinado hoje, 14 de Março, e vai vigorar por três anos. 

Na prática, as Câmaras de Faro e de Olhão vão atribuir 7 mil euros, cada uma, para financiar os custos do barco, que foi propriedade do Governo Civil, enquanto a entidade ainda existia. Quanto ao INEM, entra com o mesmo montante.

Já a Autoridade Marítima Nacional dá o pessoal e continua a ser responsável por operar o Ria Solidária, através da Estação Salva-Vidas de Olhão, algo que já fazia antes. Só que, em vez de continuar a sustentar a 100% os custos, agora conta com esta ajuda.

António Pina, Sousa Pereira, Rogério Bacalhau, Luís Alves Meira

Ao Sul Informação, Cortes Lopes, comandante da Zona Marítima do Sul, explicou que o desafio para este protocolo «partiu da Autoridade Marítima Nacional», mas foi «prontamente aceite» pelas três entidades em questão.

Quanto à partilha destes custos, é vista por Cortes Lopes como «uma questão de justiça» que permite «melhorar os procedimentos» deste barco. «Isto é um serviço público para as populações, em termos de prestação de socorro», referiu. Segundo dados revelados por Cortes Lopes, o Ria Solidária faz, em média, 180 evacuações por ano.

A assinatura deste protocolo contou com a presença de Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, António Pina, presidente da Câmara de Olhão, Luís Alves Meira, presidente do INEM, e o Vice-Almirante Sousa Pereira, diretor geral da Autoridade Marítima.

Para o edil farense, este é um protocolo de «vital importância», uma vez que «o direito à saúde deve ser concedido a todos».

António Pina, por outro lado, alertou para o facto de a assistência médica nas ilhas-barreira não estar a ser «suficientemente cuidada». O presidente da Câmara de Olhão deu como exemplo a ilha da Armona, onde estão, no Verão, «cerca de 5 mil pessoas», mas, se houver alguma necessidade, «apenas há um barco».

As autarquias de Faro e Olhão e ainda o INEM têm um prazo, até ao final deste mês de Março, para entrar com o dinheiro. Quanto ao futuro, o comandante Cortes Lopes disse que, após os três anos deste protocolo, «se houver interesse, faz-se um novo, nos mesmos moldes».

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

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