Saída de 40 enfermeiros dos hospitais algarvios «é decisão que roça o absurdo»

Os hospitais de Faro e Portimão do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) têm menos 40 enfermeiros, desde o […]

Crédito: Depositphotos

Os hospitais de Faro e Portimão do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) têm menos 40 enfermeiros, desde o início de Fevereiro, uma decisão que, para Cristóvão Norte, deputado algarvio do PSD, «roça o absurdo». 

Esta situação já tinha sido denunciada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, que alertou, também, para o facto de o CHUA não ter «autorização do Governo para contratar os profissionais necessários para os substituir».

Os enfermeiros que saíram dos hospitais transitaram para os centros de saúde.

Ora, «esta decisão revela má gestão de recursos humanos, deficiente organização e flagrante ausência de estratégia, pelo que é necessário que o Governo tome as medidas necessárias para resolver prontamente a situação, desde logo com a urgente abertura de concurso para suprir estas 40 vagas» segundo Cristóvão Norte e José Carlos Barros, deputados do PSD eleitos pelo círculo do Algarve.

Os parlamentares interrogam-se «se não se poderia ter aberto atempadamente o concurso para os hospitais, pois já se sabia de antemão que os candidatos aos centros de saúde eram os enfermeiros dos hospitais da região», acrescentam.

Cristóvão Norte sublinha que «é conhecido que há problemas crónicos na região. Somar má gestão, péssima coordenação e dramática ausência de estratégia não tem justificação. Este é um exemplo absurdo. Abrir concurso já, é imprescindível».

«Todos os principais indicadores pioraram e a saúde continua a afastar-se dos algarvios. É preciso reforçar os meios, médicos e enfermeiros e avançar para um novo hospital central. O Governo vai avançar para quatro novos hospitais e o Algarve, que desde 2006 é a segunda prioridade, volta a ficar de fora», explica.

Em Janeiro, a presidente do Conselho de Administração do CHUA Ana Paula Gonçalves garantiu ao Sul Informação– e ao sindicato – que já tinha sido pedida autorização à tutela para integrar «54 enfermeiros, para substituir aqueles que vão transitar para unidades de saúde primárias», no seguimento do concurso que foi lançado a nível nacional.

Estes profissionais juntar-se-iam a outros 42 enfermeiros, cuja contratação «só espera pela autorização da tutela», contingente que virá «suprir as lacunas» apontadas há muito pelo sindicato, que tem vindo a alertar para uma escassez crónica de enfermeiros nos hospitais algarvios.

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