«Memórias de uma Falsificadora», o livro mais ou menos autobiográfico de Margarida Tengarrinha, vai ser lançado no próximo dia 1 de Março, às 18h00, na sala de conferências do Arquivo Nacional/Torre do Tombo, em Lisboa.
O livro, que tem como subtítulo « A luta na clandestinidade pela Liberdade em Portugal», será apresentado por Silvestre Lacerda, diretor do Arquivo Nacional.
Margarida Tengarrinha, que está prestes a completar 90 anos, recorda nesta obra, editada pela Colibri, os anos em que, na clandestinidade, usou a sua habilidade de artista plástica e estudante de Belas Artes ao serviço da falsificação de documentos para garantir o trabalho dos resistentes à ditadura de Salazar.
Margarida Tengarrinha, nascida em Portimão em 1928, estudou Belas Artes em Lisboa, onde conheceu aquele que haveria de ser o seu companheiro e pai das duas filhas, o pintor José Dias Coelho, membro destacado do Partido Comunista Português. Foi com ele que acabou por trocar uma vida confortável de filha da burguesia pela vida difícil da clandestinidade. A seguir ao 25 de Abril de 1974, Margarida Tengarrinha foi deputada do PCP eleita pelo Algarve.
Em 2014, pelo seu percurso na área cultural e na defesa dos direitos das mulheres, Margarida Tengarrinha foi a primeira distinguida com o Prémio Maria Veleda.
Oiça aqui a entrevista que Margarida Tengarrinha deu ao Sul Informação e à RUA FM, em 2014.
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