Geodiversidade, solos e florestas

A geodiversidade constitui o suporte de toda a biodiversidade. Fala-se hoje muito de biodiversidade e ainda bem que assim é. […]

A geodiversidade constitui o suporte de toda a biodiversidade.

Fala-se hoje muito de biodiversidade e ainda bem que assim é. Os biólogos têm sabido dar o devido relevo a este importantíssimo tema.

O mesmo não tem acontecido com a GEODIVERSIDADE, palavra ainda ausente no discurso oficial, apesar de, não é demais lembrar, a geodiversidade constituir o suporte de toda a biodiversidade.

Numa primeira aproximação, geodiversidade pode ser entendida como o conjunto de todas as ocorrências de natureza geológica, com destaque para rochas, minerais e fósseis (testemunhos de uma biodiversidade passada), dobras e falhas, grutas naturais e galerias de minas, relevos e depressões terrestres e submarinas, vulcões, etc.

Em condições favoráveis, os agentes físicos, químicos e biológicos, existentes à superfície do planeta, alteram a capa externa das rochas, condição necessária ao nascimento do SOLO (do latim solum, chão, pavimento), definido como um corpo natural, complexo e dinâmico, constituído por elementos minerais e orgânicos, caracterizado por uma vida vegetal e animal própria, sujeito à circulação do ar e da água e que funciona como recetor e redistribuidor de energia solar.

Com efeito, quando ardem a madeira ou o carvão, seja ele o carvão vegetal ou o fóssil (a lenhite, a hulha ou a antracite), todo o calor que libertam é energia solar neles retida que se liberta.

Toda a força que os animais, incluindo este “bicho” complicado que somos nós, desenvolvem no trabalho que executam, teve origem na luz solar, absorvida pelas plantas usadas na sua alimentação.

 

Autor: A.M. Galopim de Carvalho
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

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