ARS apresentou plano para melhorar os cuidados de saúde no Barlavento Algarvio

O Plano Local de Saúde do Barlavento Algarvio, um documento estratégico que identifica os principais problemas existentes neste território, neste […]

O Plano Local de Saúde do Barlavento Algarvio, um documento estratégico que identifica os principais problemas existentes neste território, neste setor, mas também soluções para os debelar, foi apresentado na terça-feira, em Portimão.

O principal objetivo do plano é, segundo a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, «identificar as principais necessidades de saúde, propor estratégias de intervenção e recomendações para orientar a ação e apoiar a tomada de decisão no setor da saúde e na comunidade em geral, com vista a obter ganhos em saúde e diminuir as desigualdades».

A elaboração deste documento foi coordenada pela Unidade de Saúde Pública do ACeS Barlavento da ARS Algarve em colaboração com os responsáveis dos cuidados de saúde primários e do Centro Hospitalar Universitário do Algarve e com os municípios e as redes sociais dos concelhos de Aljezur, Lagoa, Lagos, Monchique, Portimão, Silves e Vila do Bispo.

Em conjunto, os parceiros definiram os objetivos prioritários, que passam por «diminuir a morbi-mortalidade por doença mental e por diabetes mellitus, a prevalência de excesso de peso/obesidade e a morbi-mortalidade por doença cérebro-vascular», mas também por «aumentar as atividades de promoção da saúde oral e a prestação de cuidados de saúde oral nas unidades de Saúde do SNS do Barlavento Algarvio».

Para Paulo Morgado, presidente da ARS algarvia, este documento assume um «papel fundamental» no reforço da prestação de cuidados de saúde à população.

«O facto de sentirmos que todas as câmaras, que múltiplas associações da sociedade civil se envolveram ativamente neste processo de elaboração do Plano Local de Saúde, dá-nos um grande ânimo para passarmos da teoria à prática e para todos em conjunto remarmos no mesmo sentido e transformarmos esta realidade. Temos muito espaço para melhorar».

Uma das melhorias a operar prende-se com o número de utentes que continuam sem médico de família, neste território, tendo em conta que o Barlavento Algarvio é uma zona com reconhecidas carências a este nível. Um problema que Paulo Morgado garantiu que a ARS está a procurar resolver.

«Em 2014 tínhamos mais de 106 mil cidadãos sem médico de família atribuído. No final de 2017 temos 45 338 utentes sem médico de família, ou seja, demos um importante passo para melhorar a acessibilidade nesta zona do barlavento. Hoje mesmo assinámos contrato com mais enfermeiros, sendo que um número considerável virá para o ACeS Barlavento», frisou.

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