PSD de Castro Marim acusa oposição na Câmara de se ter «unido para destruir o município»

O PSD de Castro Marim acusou o PS e o movimento “Castro Marim Primeiro” (CM1) de se terem «unido para […]

Crédito: Depositphotos

O PSD de Castro Marim acusou o PS e o movimento “Castro Marim Primeiro” (CM1) de se terem «unido para destruir o município». Estas duas forças políticas, unidas, têm maioria tanto na Câmara como na Assembleia Municipal, apesar de ter sido o PSD a força que conseguiu mais votos, e já chumbaram o Orçamento Municipal proposto pelo executivo e vários projetos, entre os quais a praia fluvial de Odeleite  e a continuidade da Unidade Móvel de Saúde.

Numa nota de imprensa, os social-democratas castro-marinenses reforçam as acusações que já haviam sido feitas pelo presidente da Câmara Francisco Amaral após o chumbo do Orçamento, em Dezembro, considerando que a oposição está a levar a cabo uma «política de terra queimada».

Na altura, Francisco Amaral assegurou ao Sul Informação que tudo fez para incluir a oposição na elaboração do Orçamento.

«Nós, há cerca de um mês, escrevemos à oposição a pedir contributos. Não tiveram tempo para responder. Há 20 dias pedimos para nos sentarmos à mesa para discutir o orçamento. Não tiveram tempo. Depois, pedi-lhes para se pronunciarem e também não tiveram tempo», acusou.

O PS, através da sua vereadora na Câmara Célia Brito, garantiu ao nosso jornal que o que levou ao chumbo foi «o procedimento e não o documento em si». Em causa o facto de Francisco Amaral não ter aceitado «adiar a votação do documento em uma semana, para que a oposição o pudesse estudar e apresentar sugestões».

E se o chumbo do Orçamento Municipal foi a gota de água que fez estalar uma guerra entre o executivo social-democrata e a oposição, não foi o único motivo de críticas.

Francisco Amaral assegurou que a oposição lhe retirou «as competências todas. Até um simples licenciamento tem de ir à Reunião de Câmara, o que está a deixar os serviços saturados, para prejuízo da população. É irracional e irresponsável. Diria mesmo que é maquiavélico».

«Não atribuíram competências ao presidente da Câmara Municipal, ridicularizando a sua acção e transferindo-lhe competências, apenas, para coisas do género: cemitério e captura de animais perigosos. Tudo passou a ter que ir à reunião da Câmara Municipal para decisão como por exemplo: a construção de um pequeno jardim ou uma pequena reparação nos mercados ou numa escola ou num caminho rural! Até a licença para um baile depende da sua vontade», reforça o PSD de Castro Marim.

Também os chumbos do licenciamento final da praia fluvial de Odeleite e da continuidade da Unidade Móvel de Saúde de Castro Marim, um serviço instituído por Francisco Amaral no seu anterior mandato, causaram mal estar no executivo e no partido que o apoia.

«Rejeitaram o Centro de Actividades Náuticas na Barragem de Odeleite, perdendo-se, assim trezentos e vinte mil euros. Neste empreendimento a Câmara Municipal gastaria, apenas, quinze mil euros por ano, durante 20 anos», segundo o PSD Castro Marim.

A verba que se perdeu foi a comparticipação da União Europeia ao projeto, que já tinha uma candidatura a fundos da UE aprovada.

O PS garantiu, por seu lado, que «sempre defendeu que o projeto é desajustado e sempre se manifestou contra o local escolhido, que fica afastado da aldeia» e que quer que este avance «na zona da ribeira, aproveitando para requalificar as casas ali existentes».

No que à Unidade Móvel de Saúde diz respeito, o PSD acusou a oposição de ignorar «o extraordinário apoio que representava para os idosos do interior do concelho, acabaram com a Unidade Móvel de Saúde a pretexto de que precisava de ser melhorada. Porque não propuseram melhorias em vez de a extinguirem? Fazer perder estes fundos comunitários, num investimento de quase 10 milhões de euros, que têm prazos muito exigentes para cumprir, é uma inconsciência».

Os social-democratas recordaram, ainda, o chumbo do aumento da taxa de IMI, beneficiando, largamente, não residentes com casas nas frentes de mar ou em aldeamentos de luxo. Com isso o Município perdeu cerca de novecentos mil euros.

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