Portimão e Loulé sensibilizam populações do interior para defesa da floresta contra incêndios

Portimão e Loulé têm campanhas de sensibilização, junto das populações do interior dos dois concelhos, alertando para a necessidade de […]

Portimão e Loulé têm campanhas de sensibilização, junto das populações do interior dos dois concelhos, alertando para a necessidade de defesa da floresta contra incêndios. 

É que, até 15 de Março, os proprietários de terrenos e edificações estão obrigados a proceder à limpeza dos espaços rurais e à criação de faixas de proteção de 50 metros. Depois desta data, os terrenos e edificações serão fiscalizados e, em caso de incumprimento, há multas previstas.

Segundo a Câmara de Portimão já se iniciou «uma campanha de sensibilização e informação pública dirigida aos proprietários, arrendatários, usufrutuários ou entidades que convivam com o espaço rural, em particular a Norte da EN125», com o intuito de informar que devem cumprir esta lei.

«A campanha de sensibilização “Proteja a sua casa dos incêndios florestais” ganha, desta forma, maior pertinência uma vez que, em caso de incumprimento com o disposto legal, a partir do próximo dia 16 de Março, os proprietários serão alvo de coimas avultadas, estando a autarquia obrigada a substituir-se na limpeza e criação de faixas de proteção, ficando ainda os infratores obrigados a ressarcir a autarquia dos valores afetos aos trabalhos», diz a Câmara de Portimão.

Antecipando estas ações que terão que ocorrer num curto espaço de tempo, teve início na passada semana uma campanha de comunicação e sensibilização locais, com recurso à implementação de estruturas de comunicação outdoor nas zonas rurais de Porto de Lagos, Penina, Montes de Cima, Figueira, Pereira e Mexilhoeira Grande, e a distribuição de folhetos em pontos chave de frequência dos residentes nestas zonas.

Rocha da Pena

Durante o mês de Fevereiro, todos os munícipes receberão esta comunicação nas suas caixas de correio, com a fatura da água, numa parceria com a EMARP, a Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão, e com os CTT, o que permitirá à autarquia comunicar com mais 50 mil fogos de habitação no concelho e serão distribuídos 20 mil folhetos nas linhas de caixa dos hipermercados Continente em Portimão.

Em parceria com a Associação de Proprietários Estrangeiros em Portugal (AFPOP) foram ainda elaborados folhetos em inglês, francês e alemão.

Estão, ainda, agendadas ações de sensibilização junto deste público alvo, com o apoio da freguesia da Mexilhoeira Grande e dos cafés e associações locais, onde serão explicados quais os procedimentos a adotar.

As ações já agendadas são: 3 de Fevereiro, às 10h00, nos Montes de Cima, no Café dos Montes de Cima, e às 16h00 no Clube Desportivo, Cultural e Recreativo de Porto de Lagos, e também dia 4 Fevereiro, às 10h00, no Café da Pereira.

Em paralelo com esta campanha, encontra-se já a decorrer um trabalho de levantamento de identificação e georreferenciação no terreno das propriedades, com equipas de observação da estrutura municipal de Proteção Civil Municipal, envolvendo Bombeiros, técnicos da autarquia, Juntas de Freguesia e GNR.

A ideia é «identificar situações de maior risco e validar os trabalhos de gestão de combustível que iniciarão já a partir de 1 de Fevereiro, nomeadamente na rede viária florestal e defesa dos aglomerados populacionais».

Este ano será ainda realizada a manutenção de toda a rede primária das faixas de gestão de combustível criadas em 2015.

Em Loulé, o objetivo desta iniciativa, ainda por se iniciar, é o mesmo da de Portimão.

A ação de «proximidade junto das comunidades rurais visa a proteção e sensibilização das populações do interior do concelho para a defesa da floresta contra incêndios, permitindo ainda verificar as condições de proteção das habitações e medidas de autoproteção e a mobilidade da população em caso de evacuação», explica a Câmara Municipal.

A campanha tem uma grande importância em Loulé, uma vez que o concelho tem «40% do total da sua área é ocupada pelas classes de perigo de incêndio florestal muito elevada, e cerca de 51,3% da sua superfície está classificada como área protegida, englobando uma grande diversidade de habitats».

 

 

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