Carlos Fiolhais vai ao Centro Ciência Viva de Lagos falar de Einstein e do Nobel da Física

O físico e comunicador de ciência Carlos Fiolhais vai falar sobre “Einstein e o Nobel da Física 2017” no Centro […]

O físico e comunicador de ciência Carlos Fiolhais vai falar sobre “Einstein e o Nobel da Física 2017” no Centro Ciência Viva (CCV) de Lagos, no dia 19 de Janeiro, às 20h30.

A palestra visa celebrar, mas também explicar, a descoberta que valeu aos cientistas norte-americanos Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne o Nobel da Física de 2017, que veio confirmar uma teoria avançada por Albert Einstein em 1916.

Carlos Fiolhais «apresentará a história das ondas gravitacionais, ao longo do século que demorou até haver a sua confirmação, descreverá o observatório LIGO e os trabalhos dos três físicos laureados e terminará com as descobertas mais recentes nesta área, designadamente a anunciada no final de 2017 de uma estrela de neutrões que emite tanto luz como ondas gravitacionais», segundo o CCV de Lagos.

Einstein previu, em 1916, um ano após ter finalizado a sua teoria da relatividade geral, que existiam ondas gravitacionais, deformações do espaço e do tempo que se propagam à velocidade da luz a partir do movimento de uma grande massa.

Essas ondas foram detetadas em Setembro de 2015 e anunciadas publicamente em Fevereiro de 2016. «Apesar da descoberta estar prevista há muito tempo, trata-se de um dos maiores eventos científicos deste século, pelo que não admira que o Prémio Nobel da Física de 2017 tenha sido atribuído a três cientistas americanos que contribuíram decisivamente para essa descoberta, através da conceção e desenvolvimento do observatório LIGO, situado em instalações gémeas nos estados de Washington e Louisiana», considerou o CCV lacobrigense.

Rainer Weiss, físico experimental, recebeu metade do prémio. Barry Barish, outro físico experimental, e Kip Thorne, físico teórico conhecido do grande público pela sua colaboração no filme “Interstellar”, receberam um quarto do prémio cada.

A equipa que juntaram e dirigiram «conseguiu, pela primeira vez, detetar ondas gravitacionais, concluindo que elas foram emitidas num choque monumental de dois grandes buracos negros a mais de mil milhões anos-luz de distância da Terra».

A conversa decorrerá no âmbito da rubrica “Sextas com Ciência”, que, até Junho, trará ao CCV lacobrigense vários palestrantes, entre os quais Pedro Serrazina (realizador de cinema de animação e arquiteto), António Granado (ex-jornalista e professor universitário), Sónia Gabriel (arqueóloga), Rui Loureiro (historiador) e Delminda Moura (geóloga).

 

Sobre Carlos Fiolhais:

Carlos Fiolhais fundou e dirige o Rómulo – Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra (UC). É Professor Catedrático de Física da UC. Publicou mais de 60 livros, entre os quais Física Divertida, Darwin aos Tiros, Pipocas com Telemóvel e, o mais recente, A Ciência e os Seus Inimigos.

Codirige as Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa (Círculo de Leitores, 2017) e dirige a coleção Ciência Aberta da Gradiva. É cronista regular dos jornais Público e As Letras entre as Artes. Fundou e dirige o blogue De Rerum Natura. Presidiu ao Conselho Científico do European Physical Journal. Foi consultor de programas de ciência para a SIC e RTP e do Museu de Ciência da UC. Tem extensa colaboração na imprensa, rádio e televisão. Preside ao Conselho Público do Pavilhão do Conhecimento em Lisboa.

Ganhou em 1994 o Prémio União Latina de tradução científica, em 2004 o Globo de Ouro em Ciência da SIC, em 2005 o Prémio Inovação do Fórum III Milénio, em 2006 o Prémio Rómulo de Carvalho da Universidade de Évora. Recebeu em 2015 a Ordem do Infante D. Henrique em 2005 e em 2017 o Grande Prémio Ciência Viva.

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