PSD: Orçamento de Estado «não tem inscrita qualquer verba» para obras da EN125 entre Olhão e VRSA

O Orçamento de Estado para 2018, ontem aprovado na Assembleia da República, «não tem inscrita qualquer verba» para a «requalificação […]

EN125 na zona da Praia Verde

O Orçamento de Estado para 2018, ontem aprovado na Assembleia da República, «não tem inscrita qualquer verba» para a «requalificação da EN125 entre Olhão e Vila Real de Santo António», apesar do «seu estado de degradação nos troços que carecem de beneficiação», denunciou o PSD/Algarve, em comunicado.

Para essa obra, salientam os social-democratas, «não há concursos lançados, nem haverá obra», contrariando o compromisso assumido pelo Governo, em Maio passado, de «começar obras ainda este ano». «Não o fará nem neste, nem no próximo ano», garantem.

Mas este não é, segundo o PSD algarvio, o único caso em que o Governo promete, mas não cumpre. Os social-democratas recordam que, embora a nível nacional o investimento público cresça 40 por cento em relação a 2017, no Algarve «ficará abaixo de 1 por cento do total do investimento», embora a região «represente 5 por cento da população e do PIB».

Entre as promessas feitas e não cumpridas pelo Governo, está a construção do Hospital Central do Algarve, que «não está previsto» no Orçamento de Estado, embora estejam «inscritos 4 novos hospitais para o país». «Mais de 1000 milhões de euros para hospitais e para o Algarve zero. Ou já não tem o Algarve os piores indicadores de saúde a nível nacional?», interroga o PSD, no seu comunicado.

«Na gaveta», vai ficar também a eletrificação da Via do Algarve e a ligação ferroviária ao Aeroporto. Nesta área, «o Governo assume investir 270 milhões em 2018 e 2000 milhões até 2020. Apenas o Algarve fica de fora, o que é mais grave quando estas intervenções foram consensualizadas em 2015 pelos principais partidos como prioridades nacionais».

Também as portagens se mantêm «nos moldes em que as conhecemos». O PSD recorda que, em 2015, o PS defendia uma «redução a título imediato de 50%», enquanto BE e PCP preconizavam a sua «abolição», tendo todas estas forças políticas sido «muito categóricas nos seus compromissos», tendo mesmo escolhido essa matéria como «determinante para a região».

Ou seja, defende o PSD/Algarve, «continuam as encenações sem resultados».  Aliás, os social-democratas salientam que, «na proposta de abolição apresentada por outra força política», o Bloco de Esquerda, os seus deputados abstiveram-se, tendo a proposta sido «chumbada por PS e PCP».

«Em suma: este Governo diz que tem dinheiro para gastar, diz que o vai fazer, diz onde, mas diz que não é no Algarve, a favor dos algarvios e em razão das suas necessidades», conclui o PSD.

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