Não se conheciam e, na maioria dos casos, não sabiam o que os outros faziam. Mas tudo isto deverá mudar, após a visita que produtores e empresários do Baixo Guadiana realizaram aos laboratórios da Universidade do Algarve, na passada sexta-feira.
Durante uma manhã, investigadores da UAlg deram a conhecer o seu trabalho a um grupo de produtores de diferentes setores, explicando, de caminho, os serviços que podem prestar a entidades externas. Informação que os visitantes agradeceram e que, tendo em conta os testemunhos, pode ser o ponto de partida para colaborações futuras.
O Sul Informação foi o único órgão de comunicação social a acompanhar este périplo, organizado pela associação Odiana, com o apoio do CRIA – Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da UAlg. À medida que a manhã ia avançando e as visitas aos laboratórios se iam sucedendo, ficou evidente que tanto produtores como os próprios investigadores identificaram oportunidades de cooperação, vantajosas para ambas as partes.
«Foi bastante proveitoso. Pelo que verifiquei, muitos produtores não conheciam a universidade nem o que ela tem para oferecer e sinto que o pessoal está muito agradado com a visita. E é mesmo esse o objetivo: criar laços entre os produtores e os investigadores, para que no futuro possa haver uma relação e uma ajuda cada vez maior entre os empresários e a UAlg», considerou Valter Matias, que marcou presença na iniciativa na dupla condição de dirigente da Odiana e de produtor.
«Apercebemo-nos, por exemplo, que há aqui um caso de um apicultor que tem vindo a contratar um serviço em Lisboa, porque não sabiam que aqui o conseguiam fazer. Por isso, a visita está a dar frutos, como se pretendia. Na minha visão, a universidade pode dar uma grande ajuda na qualificação dos produtos», acrescentou.
O grupo vindo do Baixo Guadiana visitou o departamento de Engenharia Alimentar e diversos laboratórios da Faculdade de Ciências e Tecnologias, bem como a zona do Horto e as estufas existentes no Campus de Gambelas da UAlg, em Faro. Todas estas estruturas têm em comum o facto de pertencer ao MeditBio – Centro para os Recursos Biológicos e Alimentos Mediterrânicos.
O próximo passo será levar investigadores até ao Baixo Guadiana, para sessões temáticas. E até já ficou apalavrada a ida de investigadores do departamento de Engenharia Alimentar aquele território, para falar sobre valorização de produtos apícolas.
Fotos: Hugo Rodrigues|Sul Informação
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