“Um mini-museu vivo de memórias do Portugal recente” mostra-se em Loulé

E se a História recente da sociedade portuguesa fosse relida teatralmente à luz das memórias pessoais (dos anónimos) e dos […]

E se a História recente da sociedade portuguesa fosse relida teatralmente à luz das memórias pessoais (dos anónimos) e dos pequenos objetos? Este é o mote do espetáculo “Um mini-museu vivo de memórias do Portugal recente” que vai subir ao palco do Cine-Teatro Louletano, em Loulé, no próximo dia 27 de Outubro, às 21h30. 

A iniciativa, em estreia algarvia, é da autoria da companhia lisboeta Teatro do Vestido.

Partindo dos materiais que são a base da construção do espetáculo “Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas” (que aborda, a partir das memórias das pessoas, a ditadura de 1926-1974, a revolução de 25 de Abril de 1974 e o processo revolucionário de 1974-76), o Teatro do Vestido apresenta agora em Loulé este “Mini-museu vivo de memórias do Portugal recente”, contado a jovens e adultos.

«Nele são revisitados muitos temas da história recente de Portugal, que nem sempre se encontram nos livros do ensino secundário, ou que, mesmo sendo aí abordados, não o são do ponto de vista das memórias pessoais, dos pequenos objetos», explica a Câmara de Loulé.

«Estamos rodeados de versões gloriosas sobre a história, contadas pelos grandes protagonistas militares e políticos. Este mini-museu vivo, pelo contrário, contará histórias dos anónimos que fizeram, também eles, essa história, mesmo que na história não tenha ficado o seu registo», acrescenta.

43 anos depois do 25 de Abril, já são os filhos de Abril que transmitem as memórias que ouviram contar a outros para quem este passado é já um país distante. E, no entanto, como mostra este espetáculo, este passado faz muito daquilo que é o nosso presente.

«Não o conhecer, não saber como chegámos até aqui, é como faltar-nos um mapa para o futuro», diz a Câmara de Loulé.

O texto, direção e interpretação são de Joana Craveiro, com colaboração criativa de Rosinda Costa e Tânia Guerreiro, desenho de luz de João Cachulo e produção de Cláudia Teixeira, numa coprodução Teatro do Vestido e Centro Cultural de Belém/Fábrica das Artes.

O espetáculo tem a duração aproximada de 90 minutos, inclui no final conversa/debate com o público e dirige-se a maiores de 12 anos.

Os bilhetes custam 5 euros por pessoa (a lotação é limitada) e podem ser comprados aqui.

Com este espetáculo o Cine-Teatro Louletano enceta assim um novo ciclo temático de programação de longa duração denominado “Estórias silenciosas” e que consiste na apresentação de propostas performativas interdisciplinares, nas áreas do teatro e performance, que operam uma releitura contemporânea e questionadora sobre a História e a Sociedade (portuguesas e estrangeiras).

O objetivo também é interpelar «criticamente o público, explorando temas como a identidade, a permanência/mudança, a memória, o tempo, o esquecimento, sempre que possível com uma atenção especial perante a realidade atual em registos diversos que cruzam a História, a Sociologia e as Artes do Palco».

Para mais informações e reservas, os interessados podem contactar o Cine-Teatro Louletano pelo telefone 289 414 604 (terça-feira a sexta-feira, das 13h00 às 18h00) ou pelo email [email protected].

Além disso, podem consultar a sua página de Facebook aqui ou o seu website aqui.

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