PS foi o vencedor na noite eleitoral algarvia, PAN e Nós Cidadãos eleitos pela primeira vez para Assembleias Municipais

O Partido Socialista foi o grande vencedor da noite das Eleições Autárquicas, também no Algarve, onde os números até são […]

O Partido Socialista foi o grande vencedor da noite das Eleições Autárquicas, também no Algarve, onde os números até são mais expressivos que a nível nacional. Obteve 46,32% dos votos expressos pelos algarvios, correspondendo a 83.689 votos e a 60 mandatos na vereação das Câmaras Municipais.

Em relação às Autárquicas de há quatro anos, em 2013, os socialistas registaram uma subida de 9,61% e obtiveram mais nove mandatos na região.

A segunda força mais votada foi o PSD, embora aqui as contas sejam bem mais complicadas de fazer. É que os social-democratas apenas concorreram sozinhos em sete dos 16 municípios algarvios, tendo-se apresentado em coligações com geometrias variáveis nos restantes.

Por si só, onde concorreu sozinho, o PSD obteve 10,95% (19.790 votos), correspondendo a 17 lugares nas vereações.

Juntando a esses 10,95% a percentagem que os social-democratas obtiveram em conjunto com outros partidos (CDS, MPT e PPM, mas com coligações diversas), alcançaram no total do Algarve 29,38% e 35 mandatos. Bem abaixo do PS, portanto.

Em relação a 2013, o PSD até nem desceu muito em termos de percentagem (tinha obtido, no total, 31,99%), mas desceu em número de mandatos, já que agora obteve menos cinco que os 40 de há quatro anos.

Curiosamente, o formato em que PSD e seus parceiros de coligação obtiveram, este ano, mais percentagem de votos foi aquele em que concorreram todos juntos – 11,16% (20.164 votos). Mas, neste formato, só obtiveram 11 mandatos.

A CDU alcançou desta vez 10,62% (19.184). Apesar da retumbante vitória de Rosa Palma em Silves (conseguiu maioria absoluta), a verdade é que os comunistas perderam os seus vereadores, em Câmaras importantes: Faro, Portimão e Olhão. Com o vereador a mais conseguido em Silves, reduziram de oito em 2013, para seis, agora.

O Bloco de Esquerda também sofreu um revés importante, com a diminuição dos seus vereadores eleitos em 50%, uma vez que, se manteve o vereador em Portimão, perdeu o de Olhão. No total, ficou reduzido a 4,69% (8.479 votos) e um mandato.

Caso curioso é o do CDS. Sozinho e em coligação, quer com o PSD, quer com MPT e/ou PPM, obteve 18,3% dos votos e 18 mandatos na vereação. Em Portimão, onde apostava forte porque o seu líder distrital (José Pedro Caçorino) até era o cabeça de lista à Câmara, a coligação encabeçada pelos centristas conseguiu aumentar para dois vereadores (embora o segundo eleito seja Manuel Valente, militante do PSD). Mas acabou por beneficiar também da boa performance de outras coligações com os social-democratas, nomeadamente em Faro. Ou seja, se o PSD caiu no Algarve, o CDS até pode dizer que aumentou.

Os grupos de cidadãos conseguiram, nestas Autárquicas de 2017, eleger o mesmo número de vereadores (2) que nas anteriores. Mas só um é o mesmo: Luís Barroso, do Movimento Lagos tem Futuro, em Lagos. O segundo vereador eleito por independentes é José Estevens, do movimento «Castro Marim Primeiro», neste concelho.

O «Nós, Cidadãos!» , que se candidatou pela primeira vez a Câmaras algarvias (Portimão e Tavira), obteve 0,85% dos votos (1539) a nível regional. Mas em Portimão, a lista do NC, composta por dissidentes do PSD, pode dizer-se que, ao obter 1175 votos (5,89%) contribuiu para que a coligação «Servir+Portimão» (CDS/PSD/MPT/PPM) não conseguisse obter o seu terceiro vereador e para que o PS de Isilda Gomes alcançasse a maioria absoluta.

Mas o «Nós, Cidadãos!» pode, apesar de tudo, cantar vitória: conseguiu eleger dois elementos para Assembleias Municipais: em Portimão foi eleita Cristina Velha, em Tavira foi eleito Carlos “Carlinhos” Marcelino, que também concorria à Câmara.

Finalmente, o PAN – Pessoas, Animais, Natureza. Obteve uma percentagem de 0,84% no Algarve, num total de 1514 votos. Em Faro, onde se candidatava o líder regional Paulo Baptista, o PAN até obteve 2,32%, com 620 votos, menos 200 que, por exemplo, o Bloco de Esquerda. Mas apenas mais 130 que o Candidato do Amor. De qualquer modo, o PAN conseguiu eleger, pela primeira vez, um elemento seu para as Assembleias Municipais de Faro, Albufeira e Lagos, num total de três mandatos.

 

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