Libertação de águia-de-asa-redonda culminou mais um Festival de Observação de Aves

A libertação de uma Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo), que esteve a reaprender a caçar e a sobreviver na natureza no RIAS, […]

A libertação de uma Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo), que esteve a reaprender a caçar e a sobreviver na natureza no RIAS, foi este domingo o culminar de mais um Festival de Observação de Aves e Atividades de Natureza, em Sagres.

A águia, explicou Thijs Valkenburg, biólogo do RIAS, o Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens situado na Quinta de Marim (Olhão), «foi resgatada do cativeiro ilegal em que viveu durante anos».

Perante perto de uma centena de pessoas de todas as idades e nacionalidades que se reuniu entre o Beliche e a Cabranosa, em Sagres, para assistir a este momento, Thijs explicou que, no RIAS, a ave de rapina foi reeducada, nomeadamente para aprender a caçar, de modo a que, uma vez, devolvida à natureza, aí possa sobreviver. «Já está a caçar perfeitamente, mas, apesar da reeducação, ainda pia um bocadito. Não conseguimos retirar isso da domesticação».

Para proceder à devolução da águia-de-asa-redonda à natureza, foi escolhida a Marta, colaboradora da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), uma das entidades promotoras do festival. No momento de a soltar, Marta escolheu «Liberdade» como o nome simbólico da ave. E a águia não se fez rogada e, mal se viu livre das mãos que a seguravam com delicadeza, elevou-se nos ares e voou para longe, entre palmas e algumas lágrimas de emoção.

Num Festival que, na sua oitava edição, atraiu mais gente, desde ornitólogos experimentados, a famílias e crianças que aqui vieram fazer a sua estreia nestas lides, houve mesmo verdadeiras aves raras que foram avistadas e registadas, como o Tartaranhão-pálido (Circus macrourus) ou a Águia-pomarina ou Águia-da-Pomerânia (Clanga pomarina), que fizeram as delícias dos birdwatchers.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação

 

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