Ana Bacalhau começa tournée do seu primeiro disco a solo em Loulé

Ana Bacalhau vai cantar as músicas do seu primeiro disco a solo – “Nome Próprio” – num concerto na próxima […]

Ana Bacalhau vai cantar as músicas do seu primeiro disco a solo – “Nome Próprio” – num concerto na próxima sexta-feira, dia 3 de Novembro, às 21h30, no Cine-Teatro Louletano, em Loulé, que marca o início da tournée deste álbum. 

Sobre a génese deste tão aguardado disco da vocalista dos Deolinda, Ana Bacalhau diz: «Tenho bichos-carapinteiros. Também são carpinteiros, claro, mas, sobretudo, carapinteiros».

«Quando era miúda, ouvia os graúdos a apontar-me o excesso de energia e inquietação e, sem perceber nada de carpintaria, convenci-me de que o que me diagnosticavam era um caso bicudo de bichos que cara-pintavam», acrescenta.

«Foi assim que tive a ideia de pintar um sorriso na cara para ninguém notar que algo me moía por dentro. Resultou e lá fui eu, vida fora, sempre com os meus bichos-carapinteiros a roer-me as entranhas», diz.

«Houve um dia em que pediram um palco para si. Dei ao resultado deste trabalho de cara-pintaria o título de “Nome Próprio”. Para isso, contei com a preciosa ajuda de queridos e talentosos amigos, que entenderam tão bem aquilo que queria dizer», conta ainda.

«Não por acaso, a procura é um tema recorrente numa boa parte das letras que canto. Talvez os autores tenham percebido isso, quando falava com eles sobre o que pretendia cantar. De Só Querer Buscar, do Samuel Úria, a Leve Como Uma Pena, do Jorge Cruz, Passo a Tratar-me Por Tu, do Nuno Prata, Respirar, de Afonso Cruz, ou Vida Nova, do Nuno Figueiredo, todas falam desta inquietação que é velha amiga e me empurra para avançar, apesar do medo».

«E não saberia contar a minha história de vida tão bem quanto a Capicua, que me entregou um pedaço de letra tão biográfico, em A Bacalhau, que parece que me conhece desde que nasci», diz a vocalista dos Deolinda.

«Mas não queria que este trabalho refletisse apenas o meu umbigo. Daí ser tão importante poder continuar a dar voz a experiências que se podem dizer universais, como o Ciúme, de Miguel Araújo, a Dama da Noite, de António Zambujo e João Monge, Maria Jorge, da Márcia, Morreu Romeu, de Nuno Figueiredo, Debaixo da Mosca, do Carlos Guerreiro ou Para Fora, da Francisca Cortesão», completa.

«E, finalmente, o medo maior. Escrever-me. As letras Só Eu, uma expressão que a minha avó materna usava e que me inspirou a escrever esta canção, tão bem musicada pelo Janeiro, e Menina Rabina, também musicada por ele, que fala da menina que ainda vive em mim, criando mundos imaginários onde se esconde do mundo real. Finalmente, Deixo-me Ir, escrita e composta por mim, a falar sobre a importância que cantar tem na minha vida».

O concerto, integrado no ciclo musical “Femina” (VII), tem a duração aproximada de 75 minutos e dirige-se a maiores de 6 anos. Os bilhetes, que podem ser comprados aqui, custam 12 euros por pessoas, passando para 10 no caso dos maiores de 65 e menores de 30 anos. O Cartão de Amigo do Cine-Teatro é aplicável a este evento.

Para mais informações e reservas, os interessados podem contactar o Cine-Teatro Louletano pelo telefone 289 414 604 (terça-feira a sexta-feira, das 13h00 às 18h00) ou pelo email [email protected].

Além disso, podem consultar a sua página de Facebook aqui ou o seu website aqui.

 

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