Festival Internacional de Guitarra começa hoje em Carvoeiro com concerto que junta guitarra andaluza, canto e cavaquinho

O 4º Festival Internacional de Guitarra de Lagoa, que traz ao concelho alguns dos grandes mestres da execução deste instrumento […]

Foto: Badio – Magazine Cultural de Braga

O 4º Festival Internacional de Guitarra de Lagoa, que traz ao concelho alguns dos grandes mestres da execução deste instrumento musical, começa este domingo, 17 de Setembro, e prolonga-se até 22 de Outubro, numa organização da Câmara de Lagoa, em parceria com a Associação de Guitarras do Algarve (AGA).

No ano em que Lagoa tem como lema “O Património, Olhar o Passado Rumo ao Futuro”, os concertos começam hoje, dia 17, ao ar livre, no Anfiteatro de Nossa Senhora da Encarnação, em Carvoeiro, com Paco Seco e Daniel Pereira Cristo, juntando canto e cavaquinho.

Segue-se o promontório de Nossa Senhora da Rocha (24 de Setembro – Nihz Duo e Edu Miranda Trio), o Auditório Municipal (30 de Setembro – Bruno Batista), a Igreja Matriz de Estômbar (8 de Outubro – Duo Frédéric Bernard & Arnaud Dumond e Ellipsis Trio) e de novo o Auditório Municipal, com as atuações de Manuel Toucinho e Ricardo Silva Trio (14 de Outubro) e de G Plus Ensemble e Ximo Tebar Quartet, a fechar, no dia 22 do próximo mês.

Este domingo, dia 17, às 16h00, no anfiteatro junto à ermida de Nossa Senhora da Encarnação, em Carvoeiro, e a abrir o festival, vai ser apresentada a segunda das três obras encomendadas ao investigador de história local João Vasco Reis, no âmbito das comemorações do ano do “Património Olhar o Passado Rumo ao Futuro”, intitulada “Entre Muralhas e Vigias – Castelos, Fortalezas e outros sistemas defensivos do Concelho de Lagoa”. A apresentação estará a cargo de Valdemar Coutinho, mestre em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Neste livro, João Vasco Reis dá a conhecer o papel relevante de Lagoa na defesa marítima, pela situação geográfica da sua orla costeira.

Na obra, o autor descreve lendas, dramas humanos, factos, episódios e boatos vividos no litoral algarvio desde o limite nascente do concelho até ao Rio Arade, passando por Porches Velho e Novo, Crastos, Nossa Senhora da Rocha, Albandeira, Benagil, Carvalho, Alfanzina, Carvoeiro, Vale da Lapa, Ponta do Altar, S. João do Arade, Ferragudo, Mexilhoeira da Carregação e Estômbar.

O programa do Festival de Guitarra inclui ainda uma Master Class, para «incentivar a aprendizagem» do instrumento, como salienta Francisco Martins, presidente da Câmara e responsável pelo pelouro da Cultura.

Paco Seco

A seguir à apresentação do livro, começa o 4º Festival Internacional de Guitarra de Lagoa, com as atuações de Paco Seco e Daniel Cristo, às 17 horas, no Anfiteatro de Carvoeiro.

Paco Seco é um dos guitarristas mais virtuosos de Espanha. Versátil e criativo, possui uma técnica única: Uma fusão entre as notas cristalinas do violão clássico e a agilidade e paixão instintiva da guitarra flamenca.

A sua música levou-o ao Teatro Nacional de Londres, Festival de Música do Mediterrâneo em Genova, Festival Sevdah em Sarajevo, Festival Doetinchem de Buitengewoon na Holanda, Centro Cultural de Belém em Lisboa, Festa da Música em Tânger, Círculo de Belas Artes de Madrid, Festival Internacional de Música e Dança em Granada, Festival de Música Elk na Polónia, Real Alcazar em Sevilha, entre outros.

Já tocou na Croácia, Polónia, República Checa, Bósnia, Índia, Marrocos, Holanda, Inglaterra, Itália, França, Espanha e Portugal.

Desde muito cedo que os instrumentos tradicionais, e os cordofones em particular, fazem parte da existência e da música de Daniel Pereira Cristo.

O seu percurso a solo começa com um desafio vindo da Galiza e com o convite de Júlio Pereira, para fazer um trabalho discográfico, com a chancela da Associação Museu Cavaquinho, que aliasse o Canto com o Cavaquinho.

É de «toda esta amálgama de experiências e vivências» que surge este concerto “Cavaquinho Cantado” – com Diogo Riço, na bandola e guitarra, André No, nas percussões, e David Estêvão, no contrabaixo, aos quais se juntam Catarina Valadas, na voz e flauta transversal, e André Ramos, na viola braguesa.

O concerto caracteriza-se «pela alegria da junção dos dois velhos conhecidos, o canto e o cavaquinho, como personagens centrais de um todo que se pretende seja sentido como uma abordagem nova e contemporânea da música e instrumentos de identidade», descreve a Câmara de Lagoa.

Ou seja, «Música Étnica do Noroeste Português e Peninsular», como gosta de chamar-lhe Daniel Cristo. A produção musical está a cargo do técnico e multi-instrumentista Hélder Costa.

A entrada é livre.

 

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