Escola de Artes de Lagoa já tem painel que recorda o seu mestre [com fotogaleria]

«A memória do Mestre Rodrigues tem de perdurar sempre. Para além de toda a dedicação que tinha à arte, era […]

«A memória do Mestre Rodrigues tem de perdurar sempre. Para além de toda a dedicação que tinha à arte, era um homem muito afável, um grande lagoense». As palavras são do presidente da Câmara de Lagoa na inauguração do painel com a efígie do Mestre Fernando Rodrigues, na parede exterior da Escola de Artes da cidade, que, em 2013, recebeu o seu nome.

Na cerimónia que teve lugar na sexta-feira, 8 de Setembro, feriado municipal de Lagoa, Francisco Martins recordou que o seu primeiro contacto com o patrono da escola, que foi o último oleiro de Lagoa e faleceu em Outubro de 2013, teve lugar ainda em 2004, quando era vereador da Cultura. «O mestre Rodrigues veio falar comigo, porque queria um espaço digno para ensinar a arte da olaria e para partilhar o seu saber». E foram então feitas obras no antigo matadouro de Lagoa, bem como comprado um novo forno para cozer as peças de barro.

Por seu lado, José Águas da Cruz, presidente da Assembleia Municipal de Lagoa, recordou «o grande amigo, filho nobre desta terra, pessoa notável, com um grande coração e simpatia e uma verdadeira paixão pela sua terra» de Lagoa.

O artista plástico lagoense Patico, que é o atual responsável pela Escola de Artes Mestre Fernando Rodrigues, lembrou-se dos contactos que teve com o mestre oleiro: «disse-me logo que eu não tinha jeito nenhum para a olaria, nem paciência» para aprender.

A filha de Mestre Rodrigues, em representação da família, agradeceu o interesse em «manter viva a obra e o legado» do seu pai. «Lá, onde ele estiver, está a gostar», acrescentou Isabel Luísa Rodrigues.

No final, o painel de azulejos colocado na parede exterior da Escola de Artes, virado para a entrada, foi descerrado pelo presidente da Câmara Francisco Martins e pela viúva do Mestre Rodrigues.

O painel, composto por fragmentos de azulejo em tons de vermelho, é da autoria do artista plástico Ricardo Crista, da Poli Urban Art, responsável por muitas intervenções de arte pública de Norte a Sul do país.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues

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