Binóculos a postos: está quase aí o Festival de Observação de Aves em Sagres

Sagres é, por esta altura, uma zona de convergência e passagem de aves migratórias. A razão é mais que suficiente […]

Sagres é, por esta altura, uma zona de convergência e passagem de aves migratórias. A razão é mais que suficiente para que, de 4 a 8 de Outubro, se realize mais um “Festival de Observação de Aves e Atividades de Natureza”, que coloca os amantes do birdwatching de binóculos e telescópios apontados para o céu. 

É que, nestes dias de migração das aves, em Sagres, «pode-se ver quase tudo», diz André Pinheiro, da associação Almargem, uma das promotoras da iniciativa, em entrevista à Rádio Universitária do Algarve (RUA FM).

Desde as muitas espécies de aves de rapina até à gralha-de-bico-vermelho ou às aves marinhas o difícil acaba por ser escolher. «Há uma panóplia maior do que se encontra em qualquer outro lugar de Portugal, noutra fase do ano», explica André Pinheiro.

Tudo isto aliado a uma «paisagem única», o que faz com que este festival não seja apenas de observação de aves, mas sim de natureza, no geral. Aliás, como vem no seu nome: “Festival de Observação de Aves e Atividades de Natureza de Sagres”.

Isto leva a que as propostas do programa não se esgotem no birdwatching. Há atividades de yoga e meditação na Praia do Martinhal, no dia 5, das 8h45 às 10h30, ou aulas de surf, todos os dias do Festival às 9h00, com encontro na entrada principal de Sagres, entre as bombas de gasolina REnergia e a rotunda para o cabo de S. Vicente.

E para quem gosta de conhecer o sítio onde está, até há uma viagem do comboio à descoberta da história de Sagres. Marque na agenda: a iniciativa é sempre às 11h00, nos dias 4, 5, 6, 7 e 8, mas no último dia há uma hora extra (14h00).

Um bom observador de aves começa logo bem cedo. «Para aproveitarmos a diversidade de aves temos de começar muito cedo», explica André Pinheiro. E porquê? «Cada grupo de aves tem o seu despertar diferente».

As aves acordam muito cedo, mas, por exemplo, as rapinas já «gostam de dormir até mais tarde», até porque precisam do calor e das correntes de ar ascendentes por este geradas, para voar.

Qualquer birdwatcher têm de ter uns binóculos. Se estiver com vontade de ir ao Festival, mas não tem esse material, não se preocupe porque, «para muitas atividades», a organização disponibiliza-os. Noutras iniciativas, até «temos guias que emprestam telescópios», diz André Pinheiro.

Outras das atividades deste Festival é a observação de golfinhos, a realizar-se todos os dias em três horários: 11h30, 12h00 e 13h30.

O número de pessoas que participa no evento tem vindo «a crescer». No que toca a atividades que requerem inscrições, as perspetivas são de participação de «500, 600» pessoas, mas as expetativas do número de participantes no geral «supera» os 1000.

É que há, neste festival, atividades de inscrição paga, como a observação de aves marinhas, outras que requerem inscrição prévia mas são gratuitas (por exemplo, a descoberta das aves da igreja de Vila do Bispo, no dia 4, às 14h50), outras de entrada livre, sem ser necessária inscrição, e, por fim, iniciativas cujas inscrições apenas abrem no festival.

Quem for a Sagres, fique a saber, desde já, que o ambiente que vai encontrar é «muito informal».

Há pessoas que «chegam e acham que vai ser constrangedor porque as pessoas não se conhecem, mas tenho-me apercebido de que as pessoas ligadas à área da Natureza são sempre muito informais e acolhedoras», concluiu André Pinheiro.

 

Para consultar o programa completo, e inscrever-se, basta clicar aqui.

 

Comentários

pub