Arquiteto José Alberto Alegria cria projeto para Centro Interpretativo de Boas Energias em Albufeira

O arquiteto José Alberto Alegria está a desenvolver o projeto do futuro Centro Interpretativo de Boas Energias, que fará parte […]

O arquiteto José Alberto Alegria está a desenvolver o projeto do futuro Centro Interpretativo de Boas Energias, que fará parte do Parque do Cerro de Malpique, onde o moinho de vento, entretanto recuperado, foi reaberto a 20 de Agosto, no âmbito das celebrações do Dia do Município. O projeto foi já adjudicado ao seu ateliê, pelo valor de cerca de 75 mil euros.

Segundo José Alberto Alegria, este seu novo trabalho respeita as características geológicas do local, as tipologias estruturais existentes e as exigências técnicas do programa pretendido, o qual prevê que aquele espaço à entrada da cidade seja um parque de divulgação das energias renováveis.

Para esse centro, Alegria irá também, segundo a Câmara de Albufeira, «recorrer aos mais recentes equipamentos de produção de energia renovável, com balanço energético próximo do zero».

Este novo trabalho arquitetónico de José Alberto Alegria «compreende também uma interligação com a mancha verde de espécies autóctones da envolvente, introduzindo o elemento água, como símbolo patrimonial das civilizações mediterrânicas».

Assim, serão criados percursos pedonais de acesso e visita ao longo da escarpa do cerro de Malpique, que permitirão a observação da flora, «constituindo uma mais-valia lúdica para os visitantes».

O edifício pretende ainda incluir um estabelecimento de bebidas, que sirva o seu interior e exterior, permitindo que os visitantes beneficiem da vista panorâmica do local.

Moinho recuperado do Cerro de Malpique – foto: CMA | Rui Gregório

Residente em Albufeira desde há várias décadas, e com obra vasta no concelho e no Algarve, José Alberto Alegria tem desempenhado um papel de destaque no âmbito da arquitetura contemporânea, quer em Portugal, quer no estrangeiro, muito em especial em Marrocos, país do qual é cônsul.

Com diversos trabalhos premiados, foi pioneiro em Portugal na renovação da geo-arquitetura e das modernas Arquiteturas em Terra e tem tido um percurso de continuidade, entre a Arquitetura Tradicional do Mediterrâneo e a Arquitetura Contemporânea, e entre a Arquitetura do Sul de Portugal e as Arquiteturas de Magreb.

É também membro fundador das Organizações “Geodomus Internacional”, com sede em Barcelona, “MultiCulti – Culturas do Mediterrâneo”, com sede em Mértola e “Associação Al Mouatamid Ibn Abbad – para a Cultura Islâmica e Mediterrânica” pertencente à Universidade do Algarve.

É ainda Professor Convidado do Mestrado “Portugal Islâmico e o Mediterrâneo” da Universidade do Algarve.

Em 1998/1999 realizou, por convite do Instituto Português do Património Arquitetónico (IPPAR), o “Estudo, Análise e Propostas de Consolidação das Muralhas de Taipa do Castelo de Paderne”, em Albufeira. Mais tarde, em 2007 passou a integrar o grupo de reflexão sobre “uma nova cultura da água no Mediterrâneo”, da Fundação Anna Lindt sediada em Alexandria, no Egipto.

E, mais recentemente, em 2012, foi integrado como Investigador no Centro de Investigação em Território, Arquitetura e Design (CITAD) da Universidade Lusíada de Lisboa.

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