Algarvios em Cuba ainda não sentiram efeitos do furacão “Irma” mas já há «ansiedade»

Quando a família algarvia Ramalho aterrou, de férias, em Cuba, no passado dia 2, já sabia o que poderia enfrentar. […]

Foto: NASA

Quando a família algarvia Ramalho aterrou, de férias, em Cuba, no passado dia 2, já sabia o que poderia enfrentar. «Decidimos vir porque era a altura que todos tínhamos para passar uns dias em família. Sabíamos que podia haver o risco de furacão, mas não estávamos à espera de viver esta experiência», explicou Diogo. A família está em Varadero, uma das principais estâncias turísticas, onde ainda não passou o “Irma”, mas a verdade é que já se vivem momentos de alguma «ansiedade e pânico». 

A 7000 quilómetros da sua casa em Loulé, Diogo Ramalho contou ao Sul Informação como está o ambiente em Varadero. «Ainda não consigo adiantar muita coisa, porque não sentimos mesmo o impacto. Esta sexta e sábado já avisaram que vai ser crítico, mas o sentimento dos turistas é um pouco de ansiedade e pânico. Nós não estamos habituados a furacões», explicou.

O “Irma”, de categoria 4, já provocou a morte de, pelo menos, 14 pessoas, com as rajadas a poderem atingir os 300 quilómetros por hora. Este furacão passou pelas Caraíbas, ilhas Turcas e Caicos, onde deixou um rasto de destruição. Em Cuba, já foi declarada a “fase de alarme”, quer na zona oriental, quer na parte central do país. Varadero situa-se mais para Norte.

Segundo conta a RTP, «a fase de “alarme” é a terceira das quatro etapas decretadas em Cuba, em caso de eventos ciclónicos, e ativa-se 24 horas antes da chegada do fenómeno meteorológico».

«A Defesa Civil de Cuba está a apelar à população para se manter informada sobre a evolução do furacão e “cumprir disciplinadamente as medidas indicadas pelas autoridades locais”», acrescenta a RTP.

Em Varadero, Diogo Ramalho e a família não estão sós. «Os hotéis aqui estão cheios de pessoas e há muitos portugueses. Temos visto pessoas a mudarem voos, a quererem sair mais cedo do hotel e a irem embora… Soubemos que alguns foram retirados de algumas zonas e deslocados para outras mais seguras», explicou.

Foto de férias da família Ramalho

Ao contrário, o sentimento dos habitantes de Cuba é, segundo este algarvio, de normalidade. «Temos falado com locais e dizem que é normal e “vai ser só muita chuva e vento”», conta.

E como tem sido a prevenção? «Há bocado, no nosso hotel, recebemos uma folha debaixo da porta a dizer que as casas de banho do hotel são o local mais seguro na altura mais crítica. Não vamos poder sair do hotel. As atividades foram todas canceladas», explica Diogo Ramalho, que, antes de estar em Varadero, passou alguns dias em Havana.

Além disto, estão a «pôr placas de madeira nas janelas e portas, porque as árvores podem ser arrancadas», acrescentou.

A viagem de regresso estava marcada já para este sábado à noite, mas «em princípio vai ser cancelada». «Não sabemos se voltamos domingo, segunda ou mais tarde… O que sabemos é que o hotel se vai responsabilizar e não vamos pagar mais nada», disse.

De Portugal, Diogo tem recebido mensagens de força, num momento que se avizinha difícil. «Uma coisa é o que se vê nos filmes, outra é viver e sentir tudo à nossa frente. Quando o furacão passar, vamos ficar todos apreensivos e na esperança de que tudo corra bem», concluiu.

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