Terá, pelo menos, 3 estrelas e será o primeiro hotel da vila de Castro Marim. A Câmara castro-marinense lançou um concurso para cedência de um terreno, tendo em vista a construção de um hotel de, «no mínimo, 40 quartos», equipamento que o presidente da autarquia Francisco Amaral espera que possa estar em funcionamento «dentro de um ano».
«Não temos nenhuma unidade hoteleira na vila, é uma lacuna que há na sede de concelho. Como a iniciativa privada não avança, faz todo o sentido que seja a Câmara a disponibilizar um terreno para esse efeito», revelou Francisco Amaral ao Sul Informação, acrescentando que fará «tudo o que for possível» para que a unidade esteja em funcionamento no Verão de 2018.
O terreno em causa situa-se «mesmo ao lado do parque infantil», no jardim de Castro Marim, e tem 1776 metros quadrados. A base de licitação do concurso é de 170 mil euros, com a construção da unidade hoteleira a ser responsabilidade do vencedor do concurso.
O edital de lançamento deste concurso, que pode ser descarregado seguindo este link, foi publicado a 9 de Agosto e prevê um prazo de 15 dias para apresentação de propostas.
O presidente da Câmara de Castro Marim mostra-se confiante que não faltarão candidatos. «Estamos convencidíssimos de que haverá interessados. Há vários hotéis em VRSA, Monte Gordo e Altura e acredito que qualquer um deles poderá concorrer. Pensamos que haverá vários concorrentes», disse.
A convicção de Francisco Amaral está ligada às potencialidades que o edil vê na vila de Castro Marim. «Temos um património histórico e cultural enorme e temos a Reserva Natural aqui ao lado. Temos vários projetos de construção de ciclovias para ligar a vila a VRSA, à Reserva Natural, à Praia Verde, a Altura e também a Monte Francisco, onde irá ficar o largo Paco de Lucía, onde homenagearemos o maior guitarrista do mundo. Faz todo o sentido criar aqui uma unidade hoteleira», defendeu.
O presidente da Câmara de Castro Marim adiantou, ainda, que a autarquia pretende que seja construída uma unidade com 40 ou mais quartos, mas que a decisão quanto à capacidade do futuro hotel será «do promotor».
Esta não foi a primeira vez que Francisco Amaral incentivou o aparecimento de uma unidade hoteleira, no seu já longo percurso autárquico. «Em Alcoutim, a iniciativa privada também não avançava e eu lancei concurso para uma estalagem junto ao rio. Fez todo o sentido e acabou por ser um pólo de atração da vila», contou o antigo presidente da Câmara alcouteneja.
«Acima de tudo, havia que quebrar este ciclo vicioso: ao longo dos anos, ninguém se mostrou interessado em construir um hotel em Castro Marim. Como ninguém avançava, a Câmara decidiu chegar-se à frente e lançar este concurso», resumiu.
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