“Olha que dois” junta pintura e fotografia na Casa Manuel Teixeira Gomes em Portimão

A exposição conjunta “Olha que dois”, com trabalhos de pintura de São Passos e de fotografia de Marques Valentim, vai […]

A exposição conjunta “Olha que dois”, com trabalhos de pintura de São Passos e de fotografia de Marques Valentim, vai estar patente na Casa Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, entre 2 e 29 de Setembro.

A inauguração está marcada para o dia 2, às 16h00, sendo que será dada uma lembrança dos autores a quem comparecer neste momento. Além disso, nesta ocasião, será feito um sorteio de uma obra fotográfica e haverá música com o grupo Bayeette e um porto de honra.

A mostra vai exibir 20 trabalhos de pintura e 20 trabalhos fotográficos, apresentando os artistas algumas obras inéditas.

 

Biografia dos autores:

Marques Valentim – Fotojornalista

O Machambeiro | Marques Valentim

Nascido em Cascais, a 1 de Agosto de 1949, Marques Valentim fez a sua comissão de serviço militar obrigatório em Moçambique, como furriel miliciano fotocine, após ter tirado em Lisboa o curso de Fotografia e Cinema, nos Serviços Cartográficos do Exército.

Neste território africano, permaneceu durante 26 meses (1972/74) percorrendo-o de Norte a Sul , em serviço de reportagem fotográfica.

De regresso a Portugal e logo após o 25 de Abril de 1974, surge no fotojornalismo, iniciando o seu trabalho na Agência Europeia de Imprensa (AEI – Notícias) onde cobre os principais acontecimentos que se deram no nosso País entre Setembro de 1974 e Agosto de 1975.

A 1 de Setembro desse mesmo ano, iniciou oficialmente, a sua carreira de fotojornalista no diário “A Luta”, no qual permaneceu até à sua extinção, em Janeiro de 1979.

Fez parte da equipa que lançou o “Correio da Manhã” – de 15 de Março de 79 a 15 de Setembro de 1979. Em Outubro de 1979 entrou para o “Portugal Hoje”, onde permaneceu até ao fim deste matutino (Julho de 1982).

Em 1982, fez parte do grupo de jornalistas fundadores do Semanário Desportivo “Off-Side”, tendo, em 1983, recebido, em serviço deste jornal, o prémio Gandula (Revelação) de Wilson Brasil.

Deixa, entretanto, o “Off-Side”, para entrar, em Outubro de 1983, na delegação de Lisboa do jornal “Comércio do Porto” onde esteve até Fevereiro de 1986.

Em Março de 86, regressa aos quadros do “Correio da Manhã” onde desempenhou os cargos de repórter-fotográfico, sub-coordenador, tendo sido nomeado em Janeiro de 2002 Editor Fotográfico, função que desempenhou até 31 de Outubro de 2002.

Foi como fotojornalista do “Correio da Manhã” que Marques Valentim, realizou vários trabalhos de tauromaquia, tema que o entusiasmou e o levou a realizar diversas exposições. Em 2001, recebeu uma menção honrosa, da revista “Visão”, relacionada com o prestigiado concurso de fotojornalismo “Visão”, cuja foto premiada era sobre esta temática.

Em 2001, é também autor do cartaz da Feira Taurina de San Juan, em Badajoz. Colabora, atualmente, como freelancer, no Jornal “ Bombeiros de Portugal “, na revista “ Segurança e Defesa “ , “ Saúde e Sociedade “, entre outras. Em 1998, participa no livro de Andrade Guerra, “João Moura – O Mito e as Efemérides” , comemorativo dos 20 anos de carreira deste cavaleiro.

Em Dezembro de 2003, foi co-autor com Andrade Guerra e Isabel Trindade, do livro “Combatentes do Ultramar” e colaborou também, em 2005, no livro “A Dor da Nação” de Andrade Guerra.

A 1 de Dezembro de 2009 foi lançado o livro “ Cavaleiros – Heróis com Arte “, também de Andrade Guerra e com imagens de sua autoria. Das mais de 50 exposições de fotografia que já realizou destacamos a primeira, realizada em Lisboa, no ano de 1994, intitulada “Tauromaquia”, “E Depois do Adeus” que foi uma exposição documental, de fotojornalismo, onde sobressaiam personalidades que marcaram a História recente, do nosso País, após o 25 de Abril de 1974.

A 10 de Março de 2012, Marques Valentim foi empossado como Embaixador para a Paz, pela Federação Internacional para a Paz. É também sócio honorário do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora – CEMD e da ALDCI- Associação Lusófona de Desenvolvimento Cultural e de Integração.

 

São Passos – Pintora

Príncipe das Zagaias | São Passos

Maria Conceição dos Santos Mestre Passos Mealha – São Passos – nasceu na cidade da Beira (Moçambique), em 1949, e em terras africanas iniciou a sua carreira artística, primeiro no campo da escultura e depois na cerâmica.

A sua primeira exposição, como pintora, teve por cenário Tete, cidade moçambicana e foi realizada com o patrocínio do Governo Distrital.

Seguiram-se outras presenças, individuais e coletivas, na Beira, em Joanesburgo e Pretória (África do Sul), em Blantyre e Limbe (Malawi), antes de mostrar os seus trabalhos na Europa.

Viria a fazê-lo, pela primeira vez, em Julho de 1973, em Faro, numa exposição individual, que teve o patrocínio da Comissão Regional de Turismo e a convite do seu presidente, José Manuel Pearce de Azevedo.

Regressada a África, ensinou Arte na Escola Secundária de Tete, tendo sido louvada e premiada pela Ministra da Educação (1974-1975) Graça Simbine, vindo a residir definitivamente para Portugal em 1976.

Trabalhou duas décadas no jornal “Correio da Manhã” (1986/2006).

Os trabalhos de São Passos cativam o mais indiferente pela sua policromia, variando a técnica entre o naïf e o abstrato, sem deixar de se notar as suas raízes africanas.

São Passos está referenciada entre outros nomes das artes plásticas contemporâneas , na edição de 1995 “Aspectos das Artes Plásticas em Portugal” e em 1998 no livro “Arte 98”, ambos da autoria de Fernando Infante do Carmo.

A 10 de Março de 2012 , São Passos foi empossada como Embaixadora para a Paz pela Federação Internacional da Paz. Quase simultaneamente, é reconhecida pelo Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora e pela ALDCI – Associação Lusófona, Desenvolvimento, Cultura e Integração, pelo “prestígio que granjeou nas artes plásticas e pelo seu grande contributo para o enriquecimento e divulgação da cultura moçambicana”.

É ilustradora de capas de Livros infantis e de Revistas Culturais, dentro e fora do país.

Expõe com frequência os seus trabalhos em Portugal e no estrangeiro, há quatro décadas.

 

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