O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) veio dizer aquilo que todos já tinham sentido: que o passado mês de Julho foi muito quente e muito seco. Os dias 2 a 4 e o período de 12 a 17 Julho tiveram mesmo valores muito altos da temperatura máxima.
Em Portugal continental, o dia 13 de Julho foi o mais quente, com 27.3°C de temperatura média (+ 5.0°C em relação ao normal), 36.4°C de temperatura máxima (+ 7.7°C em relação ao normal) e 18.2°C de temperatura mínima (+2.5°C em relação ao normal).
Naqueles períodos, observaram-se valores de temperatura máxima iguais ou superiores aos 30°C (dias quentes) em mais de 80% das estações meteorológicas e valores de temperatura máxima iguais ou superiores aos 35°C (dias muito quentes) em mais de 50% das estações.
Nestes dias, registaram-se valores de temperatura máxima superiores a 40°C nas regiões do interior, tendo o valor de temperatura mais alto, 46.2°C, sido registado na localidade alentejana da Amareleja no dia 13.
Por outro lado, acrescenta o IPMA, ocorreu uma onda de calor no período de 12 a 17 Julho com duração de 6/7 dias nas regiões do interior.
O IPMA acrescenta que o valor médio da temperatura média do ar foi 0.56°C superior ao valor normal, sendo o valor médio da temperatura máxima do ar, 30.22°C, o 11º mais alto desde 1931, com uma anomalia de + 1.5°C. No entanto, o valor médio da temperatura mínima do ar, 15.26°C, foi inferior em 0.4°C ao valor normal.
Em relação à precipitação, o mês de Julho classificou-se como seco, com um valor médio de precipitação de 5.3 mm, o que corresponde a 38% do valor médio.
De acordo com o índice meteorológico de seca – PDSI, no final de Julho mantém-se a situação de seca meteorológica em quase todo o território de Portugal Continental, verificando-se um desagravamento na região interior Norte e um agravamento no interior do Alentejo.
No final deste mês, cerca de 79 % do território estava em seca severa (69.6 %) e extrema (9.2 %).
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