Investigadores algarvios e alemães fazem nova campanha arqueológica na Boca do Rio

Investigadores das universidades do Algarve e de Marburgo (Alemanha) vão passar o mês na estação lusitano-romana da Boca do Rio, […]

Investigadores das universidades do Algarve e de Marburgo (Alemanha) vão passar o mês na estação lusitano-romana da Boca do Rio, no concelho de Vila do Bispo, para realizar nova campanha arqueológica e dar continuidade às ações realizadas no início do ano neste arqueossítio.

Os trabalhos serão dirigidos por João Pedro Bernardes, da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve, que dinamiza a campanha, que contará com a ajuda de uma equipa de investigadores oriundos da Universidade de Marburgo, coordenada pelo arqueólogo Felix Teichner.

«Em Março, uma multidisciplinar equipa internacional, composta por arqueólogos e geólogos, desenvolveu investigação no arqueossítio romano da Boca do Rio. Durante duas semanas foram realizadas sondagens não invasivas com recurso a um cruzamento de diferentes métodos de prospeção geofísica, permitindo, assim, descortinar evidências de estruturas e de outras “anomalias” de origem humana ocultas no subsolo da área», segundo a Câmara de Vila do Bispo, que apoia a campanha.

Nessa altura, os trabalhos foram coordenados pelo Professor Doutor Felix Teichner, da Universidade de Marburg, e contaram com o contributo de investigadores sedeados noutras universidades alemãs – Colónia e Aix-la-Chapelle.

«A campanha que agora se inicia e que se desenvolverá ao longo de todo o mês de Setembro pretende confirmar, por via de sondagens arqueológicas, as “anomalias” geofísicas registadas em Março», acrescentou a autarquia.

Os investigadores têm esperança de encontrar «novidades relativas à dimensão e organização espacial e funcional daquele importante estabelecimento romano que, desde o século XIX, tem vindo a revelar uma contínua presença humana entre meados do século I e o século V d.C.».

A equipa que vai trabalhar na campanha ficará instalada no NIA-VB – Núcleo de Investigação Arqueológica de Vila do Bispo, um novo equipamento municipal que funciona nas instalações do antigo Jardim de Infância de Budens.

«Em 2017, a “taxa de ocupação” do NIA-VB já superou as expectativas iniciais, demonstrando que se trata de um excelente polo de atração de investigação, uma distintiva oferta municipal que se traduz em retorno científico, em conhecimento sobre o território concelhio, mas também na animação sociocultural de localidades como Budens e Vale de Boi – um diferenciado conceito de “Turismo Científico”», concluiu a Câmara de Vila do Bispo.

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