Ao luar, à descoberta do património arqueológico de Vilamoura e Quarteira [fotogaleria]

As ruínas romanas do Cerro da Vila, em Vilamoura, os vestígios submersos da antiga Quarteira romana, afundados centenas de metros […]

As ruínas romanas do Cerro da Vila, em Vilamoura, os vestígios submersos da antiga Quarteira romana, afundados centenas de metros ao largo do Hotel D. José, os restos do Forte Novo, ou ainda o complexo romano de Loulé Velho. Foram estes os sítios arqueológicos visitados – por vezes só em palavras – na sexta-feira à noite, na caminhada cultural arqueológica ao luar, promovida pelo Museu Municipal de Loulé.

O Cerro da Vila, iluminado apenas pelas luzes dos prédios vizinhos e pelas lanternas dos cerca de 40 participantes no passeio, foi explicado pelo arqueólogo Filipe Henriques, que falou da presença romana, nos tempos em que esta villa foi um importante centro de comércio, onde se produzia o famoso garum, mas também da ocupação islâmica e até medieval.

Depois, o grupo seguiu, a pé, guiado pelo arqueólogo Pedro Barros, atravessando a marina de Vilamoura até ao Passeio das Dunas e ao Calçadão de Quarteira, passando pelo local onde existiu o Forte Novo (século XVIII, destruído pelo avanço do mar nos anos 70 do século passado), acabando a fazer umas largas centenas de metros pela areia da praia fora, até ao sítio de Loulé Velho. Aí, a arqueóloga Alexandra Pires, do Museu Municipal de Loulé, deu conta dos trabalhos de escavação por ela feitos nos últimos anos.

Esta caminhada ao luar integra-se na exposição «LOULÉ. Territórios, Memórias, Identidades», que está patente no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, já que muitos dos objetos arqueológicos lá expostos vêm, precisamente, dos sítios visitados na passada sexta-feira à noite.

Jorge Moedas, administrador da Vilamoura World, a empresa proprietária do resort e das ruínas do Cerro da Vila, que participou na primeira parte do passeio, manifestou o seu interesse em continuar a colaborar com o Museu de Loulé na promoção de outras atividades culturais, que tenham aquela estação arqueológica como mote.

Tendo em conta o sucesso desta primeira caminhada – o grupo teve de ser alargado de 25 para 40 pessoas, tal foi o número de inscrições -, Rita Moreira, chefe de Divisão de Cultura da Câmara de Loulé, revelou ao Sul Informação que em breve deverá ser organizado outro passeio pedestre, com o mesmo percurso.

Entretanto, no dia 23 de Setembro, será promovida nova caminhada cultural arqueológica, desta vez na zona do Ameixial e tendo como tema a Escrita do Sudoeste.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação

 

 

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