Curso de Medicina da Universidade do Algarve ajuda a fixar médicos na região

Oito dos 28 alunos que terminaram o curso de Medicina da Universidade do Algarve, no ano passado, estão a trabalhar […]

Crédito: Depositphotos

Oito dos 28 alunos que terminaram o curso de Medicina da Universidade do Algarve, no ano passado, estão a trabalhar em unidades hospitalares da região. Segundo a academia algarvia, «são cada vez mais os médicos formados na Universidade do Algarve que escolhem a região para desenvolver a sua carreira profissional».

Para estes médicos, que têm especialidades desde a Anestesiologia à Radiologia, passando pela Medicina Geral, «os hospitais distritais proporcionam melhores oportunidades de aprendizagem, e no Algarve podem continuar a manter uma forte ligação à UAlg e, consequentemente, ao Mestrado Integrado em Medicina (MIM)», revela a Universidade.

De acordo com a academia, os alunos consideram este Mestrado «um projeto de elevada qualidade, extremamente bem orquestrado e único na esfera da educação médica portuguesa»

Para Bruno Morgado, atualmente a desenvolver funções no Centro Hospitalar do Algarve, as razões da escolha são evidentes: «É do conhecimento de todos que os hospitais dos grandes centros estão saturados de internos. Em determinadas especialidades cirúrgicas os internos chegam ao fim dos 6 anos de especialidade sem o número mínimo de cirurgias para a concluírem. Os hospitais distritais têm menos internos e proporcionam melhores oportunidades de aprendizagem, além de oferecer a possibilidade de realizar estágios noutros locais de modo a aprimorar a técnica e aprofundar conhecimentos».

No entanto, também o sol do Algarve e as «belas praias» parecem constituir indiscutível argumento no momento da escolha.

O médico, a especializar-se em urologia, diz que a qualidade de vida proporcionada pela região é também um dos fatores a pesar na balança uma vez que, como explica, «o Algarve em geral, e Faro em particular, tem praticamente tudo o que uma capital tem, com uma maior proximidade, o que liberta mais tempo para estudar ou para atividades de lazer».

Por fim, Bruno Morgado destaca ainda a possibilidade de se associar com a Universidade, aliando-se a «um projeto de elevada qualidade, extremamente bem orquestrado e único na esfera da educação médica portuguesa».

O atual médico, citado pela Universidade do Algarve, não poupa elogios ao Curso de Medicina da UAlg identificando-o como um curso com uma «formação sólida, sem par em Portugal» e com uma “excelente formação básica proporcionada por um método inovador».

A Bruno Morgado juntam-se mais sete médicos que, segundo a UAlg garantem que «se as pessoas conhecessem a fundo este projeto já sedimentado e com provas dadas não teriam problema em relocalizar-se para a região».

Aprofundar a relação entre a Universidade do Algarve e os hospitais da região, é um dos grandes objetivos da criação do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, aprovada em Conselho de Ministros na passada semana.

O centro académico que será criado neste âmbito é, de resto, apontado como um fator determinante para resolver a incapacidade que a região algarvia tem demonstrado em atrair médicos.

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