PCP é contra «o desmantelamento e entrega a privados» do Cais Comercial de Faro

O Partido Comunista Português (PCP) Algarve diz, na sequência do projeto “FarFormosa”, ser contra «o desmantelamento e entrega a privados» […]

O Partido Comunista Português (PCP) Algarve diz, na sequência do projeto “FarFormosa”, ser contra «o desmantelamento e entrega a privados» do Cais Comercial de Faro.

Como tal os comunistas já questionaram, esta quinta-feira, 8 de Junho, o Governo se tenciona «travar qualquer projeto» que implique este «desmantelamento».

De acordo com o PCP Algarve, as ideias previstas para aquela zona conflituam com um «projeto de desenvolvimento económico para a região e para o país» que tem «nos portos comerciais um importante fator de promoção e desenvolvimento».

«O Porto Comercial de Faro dispõe de um cais com 200 metros e uma ponte-cais, podendo receber navios até 120 metros de comprimento, com 7500 toneladas de porte bruto e 6,4 metros de calado. Está dotado de instalações de apoio à movimentação de mercadorias e passageiros. Tem uma localização geográfica privilegiada para a movimentação de cargas ao serviço da economia regional, situando-se no principal polo urbano e económico do Algarve (Faro-Olhão-Loulé). Nos últimos anos tem servido para o transporte de cimento, sal-gema, sal para consumo humano, alfarroba, madeiras e pescado», diz o PCP.

Com este «desmantelamento» o sul do país fica «dependente do porto de Huelva em Espanha», acrescentam os comunistas.

«Em vez da criação, prevista no projeto envolvendo a Câmara Municipal de Faro, de uma marina de recreio, de hotéis, de espaços comerciais e de restauração, e outras valências deste tipo que abundam por todo o Algarve, aquilo que se exigiria seria um forte e decidido investimento no Porto de Faro que assegurasse a sua vocação comercial, potenciadora do aparelho produtivo regional e nacional», considera o PCP.

«A falta de investimento nas barras e portos algarvios, a passagem da gestão dos portos comerciais algarvios para a Administração do Porto de Sines, a ausência de uma visão estratégica por parte de sucessivos governos para os portos nacionais e a recente ameaça da transferência para os municípios da gestão dos portos, dão lastro para o surgimento de todo o tipo de oportunismos, incluindo o do abandono da vocação comercial (transporte de mercadorias e de passageiros) dos principais portos algarvios», acrescenta aquele partido.

Para o PCP, «o desenvolvimento económico do Algarve exige o reconhecimento do papel crucial do sistema portuário para a economia regional e a adoção de um conjunto de orientações e medidas de relançamento da atividade portuária em todos os segmentos, assim como a criação de uma Administração dos Portos do Algarve».

Posto isto, o Grupo Parlamentar, do Partido Comunista Português, dirigiu à Ministra do Mar algumas questões, nomeadamente: “Como avalia o Governo a importância da atividade portuária e dos transportes marítimos para a economia nacional e regional?”, “reconhece o Governo que as áreas portuárias constituem um recurso territorial estratégico que deve ser preservado e valorizado?” e “reconhece o Governo a importância do Porto Comercial de Faro para a recuperação do aparelho produtivo algarvio?”.

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