Elza Soares traz energia da “bossa negra” ao Teatro das Figuras

Elza Soares, a diva da “bossa negra”, vai estar no dia 14 de Junho no Teatro das Figuras, em Faro, […]

Elza Soares, a diva da “bossa negra”, vai estar no dia 14 de Junho no Teatro das Figuras, em Faro, para protagonizar um concerto baseado no seu trabalho «A Mulher do Fim do Mundo», com o qual venceu um Grammy Latino em 2016. A artista brasileira vem ao Algarve no âmbito de uma tournée nacional, que inclui um concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, a participação no NOS Primavera Sound, no Porto, e um concerto no Funchal.

A «Mulher do Fim do Mundo» é, segundo o Teatro das Figuras, «um disco apocalíptico de samba sujo e experimental, onde se abordam temas como o racismo, a violência doméstica, transexualidade e drogas, passa por diversos géneros musicais do samba ao rock, sem esquecer o rap e a eletrónica». Este «trabalho altamente aclamado pela crítica internacional» foi o 34º disco da cantora octogenária.

«Toda a sua música reflete uma vida atribulada. Nascida numa favela do Rio de Janeiro, filha de uma lavadeira e de um operário e músico amador, foi obrigada a casar pelo pai quando tinha 12 anos e aos 13 já era mãe. Ficou célebre a sua resposta quando, aos 16 anos se estreou na rádio, e pela sua figura frágil lhe perguntaram de que planeta vinha, ao que a jovem Elza respondeu “Do planeta da fome”», segundo o TMF.

E não foi só a sua infância que foi marcada por dificuldades e infortúnios. «Dos sete filhos que teve, perdeu quatro em circunstâncias trágicas. Ficou também destroçada com a morte de um dos seus ex-maridos, o mítico Garrincha, com quem esteve casada quinze anos. Elza teve que lidar com o alcoolismo do futebolista e foi vítima de violência doméstica», acrescentou o Teatro das Figuras.

Atualmente, a artista brasileira «vive a apoteose de uma vida dedicada à música e leva aos palcos uma “ópera” emocional que retrata as mazelas da sociedade, instigando o espetador à reflexão sobre a condição do indivíduo numa sociedade violenta, com críticas sociais e políticas da realidade brasileira e porque não do mundo».
Os bilhetes para o espetáculo custam 25 euros para a primeira plateia e 22 euros para a segunda.

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