Dispositivo de combate a incêndios em linha com o de 2016, mas há novidades

A criação de uma Equipa de Análise e Uso do Fogo (EUAF) e a ampliação do kit de alimentação, não […]

A criação de uma Equipa de Análise e Uso do Fogo (EUAF) e a ampliação do kit de alimentação, não só para os Bombeiros como para todas as forças a atuar no terreno, são as principais novidades do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para 2017, apresentado esta segunda-feira, dia 15 de Maio, em Faro.

Esta nova equipa vai permitir «alguma manobra para o combate ao incêndio florestal», explicou Vítor Vaz Pinto, comandante operacional distrital. De acordo com este responsável «depois do processo de lições aprendidos há sempre melhorias, mas o dispositivo está consolidado».

Também aumenta o número de equipas de militares do Exército a executar ações de vigilância, com os municípios de Castro Marim e Tavira a juntarem-se a Loulé, Monchique, São Brás e Silves, que já haviam celebrado protocolos de cooperação para a realização de ações de vigilância nas áreas rurais.

É que, segundo, Vítor Vaz Pinto, «os incêndios rurais são mesmo um problema regional», que deve ser combatido «em rede» para «minorar as consequências na imagem que provocam».

Vítor Vaz Pinto

Quanto ao kit de alimentação, Jorge Gomes, secretário de Estado da Administração Interna, que esteve presente nesta sessão, revelou que a Direção Geral de Saúde está a elaborar um estudo para que este tenha em conta «o ambiente, de altas temperaturas, que é vivido pelos operacionais». Ainda assim, por agora, há uma certeza: os operacionais terão, neste kit, comida e bebida para 24 horas.

O DECIF deste ano prevê, ainda, a constituição de mais um Grupo de Combate a Incêndios Florestais (GCIF), com bombeiros não integrantes do DECIF, quando for declarado para a região o alerta especial de nível laranja ou superior, assim como o aumento de duas Equipas Municipais de Intervenção Florestal (EMIF), uma em Monchique e outra em Silves.

No que diz respeito aos helicópteros haverá quatro de ataque inicial (em Loulé, Monchique, Cachopo e Ourique) e um, em ataque ampliado, estacionado em Loulé, a ser utilizado se necessário, segundo explicou Vaz Pinto.

Para a fase Bravo, que tem início hoje, dia 15 de Maio, e dura até 30 de Junho, haverá, no total, 413 elementos e 92 veículos disponíveis no Algarve. Já de 1 de Julho a 30 de Setembro (a fase Charlie) em que há maior risco de incêndio os números aumentam para 553 operacionais e 133 veículos.

Jorge Gomes

Em declarações aos jornalistas, Jorge Gomes disse ter «confiança nas nossas forças de combate ao incêndio, nos autarcas e nas forças de segurança» partindo para este Verão «confiante, motivado e com energia».

«Os cidadãos têm de acreditar que temos forças prontas para os proteger. O Algarve é uma zona que nos preocupa pela sua dimensão em termos de turismo, mas o dispositivo tem estado sempre a responder às necessidades», acrescentou. Até agora, desde o início do ano, ardeu, no Algarve, apenas um hectare: o equivalente a um campo de futebol.

O ataque inicial célere mantém-se como um dos principais objetivos, como salientaram Jorge Gomes e Vítor Vaz Pinto. Em 2016, o tempo médio de espera entre o alerta e a chegada ao teatro de operações foi de 12 minutos e 29 segundos.

Já Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, disse que é preciso «continuar a investir nos equipamentos de combate e proteção pessoal».

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

Comentários

pub