Câmara de Faro volta a pedir obras para acabar com «espetáculo degradante» da doca

A Câmara de Faro quer que a Docapesca tome medidas «com urgência» para resolver os problemas que afetam a Doca de […]

A Câmara de Faro quer que a Docapesca tome medidas «com urgência» para resolver os problemas que afetam a Doca de Faro, como a queda de mosaicos, o mau cheiro e as infiltrações, que a tornam num «espetáculo degradante».

Depois de, no dia 26 de Abril, terem acontecido novos abatimentos em paredes da doca, Rogério Bacalhau enviou um ofício a Teresa Coelho, presidente do Conselho de Administração da Docapesca, onde refere que a situação «deixa transparecer ainda mais o estado de degradação a que a Doca de Recreio já chegou».

Segundo o autarca, «o leito encontra-se assoreado e, em baixa-mar, o cheiro é nauseabundo; os mosaicos de impermeabilização estão todos a cair originando a infiltração perigosa da água no subsolo e a consequente instabilidade, já responsável por vários abatimentos nas ruas circunstantes».

Rogério Bacalhau diz que a autarquia farense não compreende «porque não começou já um plano de intervenção que salvaguarde esta zona nobre da cidade de Faro e que atualmente representa um espetáculo degradante para todos os farenses, um péssimo cartão-de-visita para os milhares de turistas que nos visitam e que afeta diretamente cerca de 500 famílias utentes da doca, por razões profissionais ou recreativas».

O ofício acrescenta que «a situação é agravada pela reiterada falta de respostas» da Docapesca e que «vai prespassando a ideia de que o Governo não pode ou simplesmente não quer proceder a qualquer arranjo da Doca de Faro».

A autarquia realça que «atendendo à proximidade de mais um período estival e o consequente acréscimo de visitantes à nossa cidade» existe «a necessidade de proceder à limpeza e manutenção da Doca de Recreio, assim como de toda a zona ribeirinha».

Em Outubro do ano passado, a Docapesca, contactada pelo Sul Informação, disse ser «conhecedora da situação», denunciada por Rogério Bacalhau em entrevista ao nosso jornal, e garantiu ter «prevista uma ação de manutenção sobre as paredes em que os mosaicos de pedra caíram, a realizar em 2017».

No entanto, para a Câmara, esta «falta de respostas» vem desmentir esta intenção.

O deputado do PSD Cristóvão Norte, eleito pelo Algarve, também já tomou posição sobre esta questão e garante que irá enviar uma carta a José Apolinário, secretário de Estado das Pescas, «que já foi confrontado com o tema, mas não se conhece o que tenha feito».

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