Portagens voltaram à Assembleia da República mas todas as propostas foram chumbadas

As portagens na Via do Infante voltaram a ser discutidas na Assembleia da República, com as diferentes propostas apresentadas a não […]

As portagens na Via do Infante voltaram a ser discutidas na Assembleia da República, com as diferentes propostas apresentadas a não passar. Chumbos que motivaram troca de acusações entre os diferentes partidos com assento na Assembleia da República,  com o PS, a única força que votou contra todas as propostas, a ser o mais visado.

Os partidos mais à esquerda do espectro político, PCP, Bloco de Esquerda e Verdes apresentaram propostas tendo em vista o fim imediato das portagens na A22, que acabaram chumbadas pelo PS, PSD e CDS-PP, ainda que os deputados socialistas eleitos pelo Algarve tenham votado favoravelmente. Já os social-democratas apresentaram um Projeto de Resolução que pedia «a suspensão da cobrança de portagens na A22 até à conclusão das obras de requalificação da EN125, e na medida em que essas obras encerrem troços ou produzam constrangimentos severos na circulação», que caiu com os votos contra do PS, PCP, BE e Verdes. Os mesmos partidos chumbaram a proposta apresentada pelo CDS-PP, que previa a redução do preço das portagens em 15 cêntimos, em toda a extensão da Via do Infante.

O PCP acusa os partidos que chumbaram a sua proposta de optarem «por esmagar os utentes e a economia regional com as portagens para não terem de beliscar os interesses dos grupos económicos que exploram a concessão da Via do Infante». E mostrou que está a contabilizar, já que esta foi «a décima vez» que uma proposta sua no mesmo sentido foi chumbada, pelos mesmos partidos.

«Os deputados do PS eleitos pelo Algarve votaram favoravelmente a proposta do PCP sabendo de antemão que os demais deputados do Grupo Parlamentar do PS a chumbariam. Tal postura não apaga as responsabilidades do PS, incluindo os deputados deste partido eleitos pelo Algarve, pela introdução e manutenção das portagens na Via do Infante. É previsível que, quando forem discutidas e votadas propostas de abolição das portagens noutras regiões do país, os deputados do PS eleitos por essas regiões votem a favor, e os deputados do PS eleitos pelo Algarve votem contra, garantindo, com este lamentável expediente, que as propostas de abolição de portagens sejam sempre rejeitadas, mas que os deputados de cada região possam, nessas regiões, apresentar-se como defensores da abolição das portagens», acusaram os comunistas.

Já o PSD, foca as suas críticas no PS, BE, PCP e PEV. «Os partidos que apoiam o Governo não se entendem sobre esta matéria. Proclamam uma coisa e fazem outra. Montam encenações sucessivas para dizerem que querem muito mais, mas fazem sempre muito menos. E, por isso, nem o mínimo que todos os algarvios estão de acordo, reclamado por autarcas e pela generalidade da população, a suspensão durante as obras são capazes de aprovar. Não tomam decisões de acordo com o que prometeram e ainda bloqueiam as dos outros», acusou.

Já o PS, diz que os partidos de direita apresentaram «propostas demagógicas sobre a Via do Infante, uma vez que foi o Executivo de direita que introduziu as portagens na via e parou com as obras na EN125», lê-se numa nogta de imrpensa enviada às redações pelos deputados socialistas eleitos pelo círculo eleitoral do Algarve..

«Por isso, os parlamentares do PS eleitos pelo Algarve votaram hoje contra as propostas demagógicas e sem memória que estes partidos agora propalam. No entanto, votaram a favor das propostas de outros partidos para a extinção das portagens, como já o haviam feito em anteriores votações, dando continuidade à sua postura responsável», concluem. Certo é que, mesmo assim, acabaram por ser os votos dos demais deputados do PS que inviabilizaram as propostas dos partidos de esquerda.

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