Novo presidente da ARS garante continuidade do Hospital de Lagos

O Hospital de Lagos vai manter-se aberto, apesar das mudanças que a Administração Regional de Saúde se prepara para pôr […]

O Hospital de Lagos vai manter-se aberto, apesar das mudanças que a Administração Regional de Saúde se prepara para pôr em prática, na organização das unidades hospitalares do Algarve. A unidade de saúde lacobrigense não pode encerrar, tendo em conta que aqui funcionam 40 camas de internamento de agudos, em falta na região, defendeu Paulo Morgado, novo presidente da ARS algarvia.

«Ainda se justifica claramente ter um hospital em Lagos. O Algarve não precisa, nem pode, perder camas de agudos. O Hospital de Lagos continua a ser essencial não apenas para as pessoas daquela subregião, porque tem um Serviço de Urgência Básica que faz parte da rede nacional de urgência e emergência, mas também porque as 40 camas que tem e o serviço de Medicina Interna são fundamentais para a região»,  assegurou ao Sul Informação o também presidente da Assembleia Municipal lacobrigense.

Com a criação do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, o Hospital de Portimão vai recuperar boa parte da autonomia que tinha antes da criação do CHA, em 2011, e deverá recuperar todos os serviços perdidos, nos últimos anos. O Hospital de Lagos manter-se-á, como antes, intimamente ligado à unidade hospitalar de Portimão e a funcionar nas atuais instalações.

Ainda assim, admite Paulo Morgado, «o ideal seria conseguir deslocalizá-lo e relocalizá-lo noutras instalações,  mais condignas e mais modernas».

Se isso vier a acontecer, o presidente da ARS do Algarve preconiza que possam ser reforçados alguns dos serviços ali prestados. «Em tempos, existiu um projeto e chegou a haver um programa funcional para um novo Hospital de Lagos com outras caraterísticas. Um hospital mais ligeiro, semelhante aos que existem na Andaluzia. Isso é uma velha aspiração de Lagos que eu penso que faz todo o sentido», acredita.

Um eventual investimento em Lagos terá de esperar, já que, admite Paulo Morgado, «não há condições financeiras para avançar», mas «deve estar no horizonte do Serviço Nacional de Saúde».

Segundo Paulo Morgado, «Portugal tem um número de camas de agudos inferior à média europeia e o Algarve tem uma média mais baixa que a nacional». Ou seja, neste momento, existem na região «menos camas para doentes agudos do que a média nacional e europeia». Mais um argumento a favor da manutenção do Hospital de Lagos.

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