Visitas guiadas especiais e livro fazem Dia dos Centros Históricos em Silves e Lagos

A apresentação do livro “Portugal em Marrocos: olhar sobre um património comum”, da autoria de Frederico Mendes Paula, colaborador da […]

A apresentação do livro “Portugal em Marrocos: olhar sobre um património comum”, da autoria de Frederico Mendes Paula, colaborador da Câmara de Lagos, ou um programa de atividades, com visitas guiadas especiais pelos monumentos de Silves, são algumas das iniciativas comemorativas do Dia Nacional dos Centros Históricos Portugueses,  que se assinala a 28 de Março.

As celebrações vão decorrer em Tomar, onde será apresentado este livro de Frederico Mendes Paula. Lagos vai, também, participar na reunião da Direção e Assembleia Geral da Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico. O dia terminará com a entrega do Prémio “Memória e Identidade” ao antigo Presidente da República Ramalho Eanes.

Já em Silves, onde as iniciativas são de entrada gratuita, quem visitar os monumentos da cidade das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 16h00, poderá fazê-lo tendo por companhia um «guia especial».

No Castelo de Silves o anfitrião será o Rei D. Sancho I, na Igreja da Misericórdia será a Rainha D. Leonor e na Sé Catedral, os visitantes serão guiados pelo Bispo D. Jerónimo Osório. Diogo de Silves, descobridor dos Açores, fará as honras da casa no Museu Municipal de Arqueologia. Estes anfitriões entregarão, ainda, um pergaminho a todos os visitantes, com uma pequena descrição histórica de cada um dos imóveis.

Durante a manhã haverá um peddy paper “Descobrindo Detalhes da nossa História”.

«Esta iniciativa é concertada com o projeto desporto sénior do concelho, sendo um convite a todos os participantes deste projeto a percorrer as ruas do centro histórico e os seus monumentos ao mesmo tempo que, utilizando os seus conhecimentos e alguma astúcia, dão resposta a uma série de desafios que os irão pôr à prova em vários domínios: observação, perspicácia, conhecimentos da história da cidade e destreza física», explica a Câmara de Silves.

As atividades da manhã terminarão com um recital de harpa e canto por Helena Madeira. «Procurando seguir um reportório antigo esta harpista e intérprete utilizará o inspirador cenário da escadaria da Sé para ali fazer entoar melodias que remeterão os visitantes da cidade para um imaginário de outros tempos», diz a autarquia silvense.

Durante o período da tarde o público infantil e juvenil, com base em páginas da história de Silves em banda-desenhada, será convidado a colorir e a reescrever a História. A iniciativa terá lugar no Museu Municipal de Arqueologia de Silves, às 14h00.

Já às 16h00 as ruas mais frequentadas do centro histórico irão mostrar “O Museu fora de si”.

Aqui, através da afixação das imagens dos objetos mais relevantes expostos ou em reserva no Museu Municipal de Arqueologia de Silves, os visitantes serão convidados a uma visita ao Museu, que concentra objetos do quotidiano dos povos que habitaram a região de Silves desde a Pré-História à atualidade.

A programação deste dia fecha com a palestra “Às voltas com a Cruz, dita de Portugal”, por Manuel Ramos, às 18h00, no Museu Municipal de Arqueologia.

«Tendo em conta a importância da Cruz de Portugal e o facto de esta ter conhecido, ao longo dos tempos, diferentes implantações, este historiador de arte, especialista nos períodos Gótico e Manuelino, além de abordar essa questão, irá também falar sobre as características estilísticas e as diversas interpretações funcionais que o imóvel tem conhecido», explica a Câmara de Silves.

Além das atividades dinamizadas neste dia, este programa comemorativo integra, ainda, a abertura da exposição “Sistemas de Abastecimento de Água na Silves Medieval”, no dia 31 de Março, às 10h00, na sala de exposições temporárias do Museu Municipal de Arqueologia.

O telefone 282 444 854 ou do endereço de correio eletrónico [email protected] são os contactos disponíveis do sector de Património Histórico da Câmara de Silves para o fornecimento de informações adicionais sobre as comemorações.

O Dia Nacional dos Centros Históricos Portugueses foi criado em 28 de Março de 1993, e encontrou, desde logo, acolhimento na esmagadora maioria das autarquias com centro histórico.

A data escolhida para as celebrações está ligada a uma das figuras da cultura portuguesa: Alexandre Herculano. Nascido na cidade de Lisboa, em 28 de Março de 1810, o «historiador e político jamais deixou de levantar a voz em prol do nosso legado histórico-cultural», considera a Câmara de Lagos.

Ao instituir o “Dia Nacional dos Centros Históricos Portugueses”, «o Governo e a Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico (APMCH) quiseram, tanto homenagear o espírito e a obra desta importante figura como, criar uma nova oportunidade para a promoção das ações encetadas pelos municípios no que toca à salvaguarda dos seus centros históricos», diz a Câmara de Lagos.

«Neste âmbito, por todo o país, são, todos os anos, apresentados nesta data os projetos concebidos, em curso ou já concretizados neste domínio que, a todos os municípios integrados na Associação, interessa, une e mobiliza», conclui.

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