Morte de garça-real devido a gripe aviária «não é alarmante», nem põe em risco seres humanos

A morte de uma garça-real no Algarve, infetada pelo vírus da gripe aviária, «não é alarmante, nem põe em risco […]

A morte de uma garça-real no Algarve, infetada pelo vírus da gripe aviária, «não é alarmante, nem põe em risco a população, pois o vírus detetado não é transmissível a pessoas», garantiu hoje, em comunicado, o RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, que funciona na Quinta de Marim, em Olhão.

De acordo com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), «a estirpe do vírus influenza A do subtipo H5N8, sendo de alta patogenicidade para as aves, não foi até ao momento encontrado em seres humanos», o que, salienta o RIAS, «significa que esta estirpe não afeta humanos, sendo só transmissível entre aves».

O RIAS, que só hoje recebeu a «confirmação do resultado positivo da análise efetuada a uma garça-real», situação anunciada ontem, em comunicado, pela DGAV, acrescenta que já era «expectável a ocorrência desta doença [das aves] em Portugal», uma vez que, «nos últimos meses», aquele centro «tem sido notificado regularmente sobre a ocorrência de casos de gripe aviária em aves selvagens em diferentes países europeus, como França, Itália e mais recentemente Espanha».

O RIAS informa ainda que, em caso de emergência ou ocorrência de surtos de doenças zoonóticas graves em aves, «existem protocolos e planos de contingência definidos ao pormenor e prontos para serem aplicados».

Neste caso, recorda, «foi decidido pela DGAV a implementação de uma zona de restrição, nas freguesias de Almancil e Montenegro, onde são proibidas movimentações de aves sem autorização da DGAV, durante 21 dias a partir da data da confirmação, e a visita pela DGAV a todas as explorações da zona de restrição para recenseamento, realização de exame clínico às aves presentes e eventual colheita de amostras».

O RIAS, enquanto Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, «colabora periodicamente com a DGAV, através do envio de amostras para análise de diversas doenças com caráter zoonótico».

Durante os últimos anos, tem participado na vigilância epidemiológica passiva de gripe aviária, «tendo os resultados sido sempre, até à data, negativos». As amostras consistem «em zaragatoas cloacal e orofaríngea de aves ingressadas mortas ou que tenham morrido no RIAS, principalmente gaivotas e anatídeos migradores».

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