Histórico Café Calcinha reabre em Maio para ser um «polo de atração cultural»

O histórico Café Calcinha, em Loulé, vai reabrir em Maio, segundo a previsão avançada hoje, dia 1 de Fevereiro, por Vítor Aleixo, presidente […]

O histórico Café Calcinha, em Loulé, vai reabrir em Maio, segundo a previsão avançada hoje, dia 1 de Fevereiro, por Vítor Aleixo, presidente da autarquia louletana. Este espaço está em obras «há cerca de um mês», trabalhos que se devem estender até «final de Março, início de Abril», e poderá ser «um polo de atração cultural muito interessante».

Neste sentido, Vítor Aleixo explicou que este «ente patrimonial da cidade», a juntar com o «aspeto convivial», terá «animação cultural», como tertúlias.

Numa visita realizada às intervenções neste emblemático local de Loulé, Jorge Rodrigues, um dos arquitetos responsáveis, explicou que, apesar do trabalho de desmantelamento, a ideia é também não «desfigurar» algumas caraterísticas do Calcinha, que integra a Rota dos Cafés com História.

Por exemplo, as mesas da zona de estar serão as mesmas, enquanto as novas vão ser réplicas das antigas e a iluminação tentará «proteger as lâmpadas antigas».

Ainda assim, o café sofrerá mudanças: o balcão, que antes se situava do lado direito de quem entra, passará a estar no meio, alinhado e enquadrado com dois pilares. Desta forma, vai-se dar «mais força à entrada», considerou este arquiteto.

As futuras casas de banho

A cozinha também será «totalmente remodelada», pois não é possível «manter-se como estava». Já as casas de banho vão passar a ser à esquerda e aqui há, da mesma forma, novidades, uma vez que existirá uma instalação sanitária para pessoas com mobilidade reduzida. Ao lado desta, serão as casas de banho para homens e mulheres.

Quanto às pinturas, «tem havido uma série de surpresas nas paredes». «Há uma acumulação de intervenções ao longo dos anos, que vamos ajustar com os dados que temos descoberto agora», revelou Jorge Rodrigues.

Esta obra, que tem um custo de 150 mil euros, já tem o concurso público para concessão da exploração aberto, existindo tanto um júri, como uma equipa de acompanhamento das propostas. O objetivo é, nas palavras de Vítor Aleixo, «tornar o processo o mais transparente possível».

«O espaço estava degradadíssimo. A Câmara comprou o Calcinha e agora queremos devolver aquele espaço icónico aos louletanos e à cidade de Loulé», concluiu o autarca.

A visita às obras do Café Calcinha, bem como a outros espaços culturais importantes da cidade (Banhos Islâmicos, Solar da Música e Palácio Gama Lobos), e a inauguração das obras nas ruas Cabeço do Mestre e Assis Esperança, integrou-se nas comemorações do Dia da Cidade de Loulé, que hoje cumpre o seu 29º aniversário com esse estatuto.

 

Fotos: Pedro Lemos| Sul Informação

Comentários

pub