AHETA: 2016 «ultrapassou» expetativas empresariais e 2017 «vai crescer a bom ritmo»

O ano de 2016 ultrapassou, no entender da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) «as expetativas empresariais», […]

O ano de 2016 ultrapassou, no entender da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) «as expetativas empresariais», sendo que, por exemplo, a taxa de ocupação média foi de 64,4%, mais 7% do que em 2015.

Para este ano, as previsões apontam, ainda, «para um crescimento de 3,1%» nestas taxas e de 6,1% no volume de negócios.

Neste contexto, prevê-se que as empresas hoteleiras e turísticas do Algarve atinjam, em 2017, pela primeira vez desde o virar do século, taxas de ocupação por ano próximas dos 65 por cento, permitindo aos empresários passar a gerir a política de preços e, por essa via, os resultados finais e a rentabilidade dos seus investimentos, o que não se verifica desde 2001.

Em 2016, o mercado britânico, maior fornecedor de turistas do Algarve, com um aumento de 14,7%,  e os restantes mercados externos, foram os principais responsáveis pela subida verificada, já que os mercados nacional e espanhol registaram descidas de 9,5% e 10,4%, respetivamente.

Os melhores desempenhos couberam aos hotéis de 4 estrelas e aos aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 estrelas e 4 estrelas, enquanto os hotéis de 5 estrelas mantiveram as suas taxas de ocupação, embora tenham melhorado as suas receitas e os resultados líquidos e operacionais.

Quanto RevPar (rendimento por quarto disponível), este melhorou 17,7% para 46,2 euros/dia, durante o ano de 2016, tendo as receitas diretas resultantes da faturação com o alojamento ascendido a cerca de 670 milhões de euros em toda a região.

Já os campos de golfe viram o número de voltas aumentar 10,4% para um total de 1.293 mil, na linha do que se verificou nos hotéis e empreendimentos turísticos.

No entender da AHETA, «os bons resultados obtidos resultam, essencialmente, do clima de instabilidade que vem afetando muitos dos concorrentes mais diretos do Algarve, designadamente na Turquia e outros destinos da bacia do mediterrâneo e Magreb».

«A descida do IVA sobre a alimentação e bebidas, assumiu-se como um dos fatores que mais influenciaram positivamente os resultados das empresas, enquanto a carga fiscal excessiva e a desvalorização da libra, na sequência do Brexit, evitaram que os mesmos tivessem sido superiores», acrescenta.

«Entre os aspetos mais negativos que caracterizaram o ano turístico de 2016, são de referir o aumento das taxas aeroportuárias, a subida do petróleo e jet fuel em cerca de 70%, o aluguer ilegal de alojamentos turísticos dentro e fora dos empreendimentos classificados oficialmente e as incapacidades das autoridades competentes – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e Autoridade Tributária (AT) – para lidar com esta realidade», explica a AHETA.

As indefinições relativamente às obras de requalificação da EN 125, assim como os insucessos do programa de animação “365 Algarve”, o anúncio do lançamento de taxas turísticas concelhias, a cessação dos contratos de prospeção e exploração de hidrocarbonetos e a falta de mão-de-obra generalizada para fazer face às necessidades empresariais durante a época turística, constituíram outros aspetos que marcaram, no entender desta associação, o ano turístico de 2016.

Em resumo, o Algarve recebeu, em 2016, nos meios de alojamento classificados oficialmente 3,9 milhões de turistas, dos quais cerca de um milhão foram nacionais, a que corresponderam mais de 19,5 milhões de dormidas.

Por outro lado, o Algarve recebeu em todos os meios de alojamento classificados e não classificados oficialmente, segundas residências, casas de familiares e amigos, qualquer coisa como 6,8 milhões de turistas para um total de cerca de 34 milhões de dormidas, fazendo da região a maior e mais importante região turística de Portugal.

O Algarve foi, igualmente, o principal contribuinte líquido para a rubrica “Viagens e Turismo” do país, cujo montante ascendeu a 12,6 mil milhões de euros no ano em análise, tendo a região sido responsável por cerca de 50% deste montante.

Comentários

pub