O petróleo, a saúde, as obras e os incêndios marcaram o ano dos recordes do Turismo

Obras na EN125, mais obras no Aeroporto, mau tempo, incêndios, exploração de petróleo, falta de médicos, inaugurações, trocas de cadeiras […]

Obras na EN125, mais obras no Aeroporto, mau tempo, incêndios, exploração de petróleo, falta de médicos, inaugurações, trocas de cadeiras em cargos públicos e, ao mesmo tempo, um ano de recordes no Turismo: assim foi 2016 no Algarve.

Recorde aqui, mês a mês, através do trabalho feito pelo Sul Informação, como foi este ano que terminou:

Janeiro

A eleição do novo Presidente da República, no dia 25 de Janeiro, foi um dos factos mais relevantes do ano em Portugal. No Algarve, os resultados da votação deram a vitória a Marcelo Rebelo de Sousa, mas a margem de vitória teria obrigado a uma segunda volta, caso a região algarvia fosse o país. Recorde aqui os resultados.

Também na política, mas a nível regional, houve troca de cadeiras. Luís Gomes deixou de ser o presidente do PSD/Algarve e foi substituído por David Santos.

2016 foi um ano marcado por dois temas fraturantes no Algarve: a saúde e a exploração de petróleo. Se, no caso da saúde, se soube em Janeiro que  o Ministério da Saúde planeava incentivos para a fixação de médicos no Algarve, em relação ao petróleo, o primeiro ministro António Costa não deixava descansar os algarvios, garantindo que a prospeção de hidrocarbonetos era para continuar. No entanto, dias depois, abriu-se uma “janela de esperança” com o secretário de Estado da Energia a mostrar disponibilidade para reavaliar os contratos de concessão.

Na Cultura, nasceu a Azul – Rede de Teatros do Algarve e, no futebol , o Portimonense estava em alta e depois de ter vencido o Sporting na Taça da Liga, apurou-se para as meias-finais da prova em Paços de Ferreira.

Ainda em Janeiro, foi conhecido o aumento de portagens na Via do Infante, que apenas aconteceu no troço entre Tavira e Monte Gordo.

A Marina de Vilamoura destacou-se ao ser considerada a Marina Internacional do Ano 2016.

 

Fevereiro

O mês de Fevereiro começou com um susto. Uma ameaça de bomba num avião da TAP colocou o Aeroporto de Faro em alerta laranja, mas acabou por ser um falso alarme.

É de avião que vão chegar muitas das pessoas que vão acompanhar, em Portimão, a Taça do Mundo de Ginástica Rítmica, que se volta a realizar no concelho em 2017.

Dos transportes aéreos, passemos aos ferroviários. Foi em Fevereiro que o ministro do Planeamento e das Infraestruturas anunciou que a eletrificação da linha ferroviária do Algarve ia mesmo avançar, com um investimento de 31,6 milhões de euros.

Nas estradas, as notícias não eram de avanços, mas de estagnação em relação às obras na EN125.

Em Fevereiro, chegou uma boa notícia a Albufeira. Para ajudar a colmatar os prejuízos causados pelas cheias de 1 de Novembro de 2015, foram disponibilizadas as verbas do Fundo de Emergência Municipal, no valor de 798 mil euros.

Do céu pode vir chuva, mas também pode vir neve e foi isso que aconteceu em Monchique no dia 27 de Fevereiro, provocando uma romaria ao Alto da Fóia.

 

Março

O desaparecimento de Rodrigo Lapa marcou o início do terceiro mês do ano. O caso acabou por ter o desfecho mais trágico, com o jovem a ser encontrado morto nas traseiras de sua casa. Um amigo da família comparou esta situação ao caso Joana.

A situação dos refugiados marcou o ano de 2016 e foi em Março que o Algarve acolheu as primeiras pessoas nesta situação, vindas da Síria, do Iémen ou do Iraque.

A saúde foi um dos temas quentes de 2016 e o Centro Hospitalar do Algarve mudou de Conselho de Administração. Joaquim Ramalho assumiu o cargo e o ministro definiu o objetivo de resolver a maioria dos problemas desta área, na região, até Maio. Não foi bem assim, mas já lá vamos.

Em Março, a luta contra a exploração de petróleo no Algarve estava no auge e as autarquias avançaram para tribunal para travar esta possibilidade.

Em vários setores públicos, houve entradas e saídas. Foi o caso do IEFP, onde Madalena Feu assumiu o cargo de delegada regional, e da Segurança Social, onde Maria Margarida Alves passou a ser a diretora do Centro Distrital de Faro.

No concelho de Portimão, arrancou uma obra muito esperada: a ETAR da Companheira, que vai permitir que os habitantes daquela zona possam abrir as suas janelas para receber ar fresco pela manhã.

A questão das demolições na Ria Formosa também transitou de 2015 para 2016 e, em Março, o camaleão voltou a travar o avanço da destruição das habitações no Farol e nos Hangares.

 

Furos em Aljezur

Abril

Em Portimão, Abril começou com uma boa notícia para os cofres do município, com a aprovação prévia da candidatura ao Fundo de Apoio Municipal, no valor de 137 milhões de euros.

Já em Faro, não era por falta de dinheiro que as obras no acesso à Praia de Faro pareciam estar paradas, mas sim por falta de material.

O crime foi cometido em Alcoutim, mas foi em Faro que um jovem de 20 anos foi apanhado, depois de ter assassinado um homem inglês.

Em Abril, já se começava a perspetivar um bom ano no Turismo e para isso muito contribuíram os muitos franceses que chegaram ao Algarve através do Aeroporto de Faro. Alguns deles terão subido a serra e ficado alojados no novo hotel que abriu em Monchique, em Junho, o McDonald Monchique Resort & Spa

A 17 de Abril, um acidente na estrada do Aeroporto de Faro fez um morto e três feridos, num dos sinistros com maior número de vítimas na região ao longo do ano.

No desporto, surgiu um novo clube, o Algarve Clube de Futebol, que aponta chegar à primeira liga num curto espaço de tempo.

As obras na ETAR da Companheira, em Portimão, levaram à descoberta de uma gruta com vestígios de ocupação de há mais de 40 mil anos, mas os achados arqueológicos não impediram que a obra avançasse.

Em Aljezur, perfurações feitas por uma empresa ligada a Sousa Cintra, dono da Portfuel, levantaram suspeitas que estivessem à procura de algo mais do que de água. A Agência Portuguesa do Ambiente acabou por suspender os furos.

 

Foto: Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Maio

Três novas praias do Algarve ganharam uma bandeira azul em 2016 e Faro ganhou uma Rádio Universitária renovada.

As “chuvas mil” de Abril chegaram em Maio e provocaram inundações em Faro, mas sem causar vítimas. As cheias também obrigaram ao corte das pontes da Asseca, em Tavira, e Barão, em Loulé.

A luta contra o petróleo continuou e Vítor Guerreiro, presidente da Câmara de São Brás de Alportel, prometeu mesmo que se punha à frente das máquinas, se a exploração de hidrocarbonetos avançasse.

Ao longo do ano, foram várias as medidas anunciadas para ajudar a resolver os problemas da Saúde no Algarve. Em Maio, foi revelado que iam chegar à região 30 novos médicos de família e foram conhecidos mais incentivos à fixação de clínicos.

Maio foi também o mês em que o primeiro ministro António Costa visitou o Algarve na condição de chefe de Governo e de líder do PS.

O Portimonense lutou até ao fim, mas não conseguiu conquistar a subida de divisão na II Liga, depois de ter empatado, na última jornada, frente ao Varzim. No final do mês, também a equipa de Futsal acabaria por falhar a subida ao primeiro escalão da modalidade.

Já o Farense, no futebol, não evitou a “queda” para o Campeonato de Portugal.

Mais um acidente, desta vez com um motociclista de 18 anos, aumentou a contabilidade de mortos nas estradas algarvias em 2016.

A Semana Académica voltou a animar Faro, mas a forte chuva obrigou ao cancelamento dos concertos no último dia. A Associação Académica viu-se obrigada a devolver o dinheiro dos bilhetes.

A 26 de Maio, uma nuvem negra, visível a vários quilómetros de distância, pintou os céus do Algarve. A sua origem foi um incêndio num armazém de pneus em Algoz.

Três dias depois um objeto de grandes dimensões também esteve nos céus algarvios: um Boeing 787 Dreamliner, cuja aterragem no Aeroporto de Faro foi «um acontecimento».

 

Junho

O dia 1 de Junho marcou a inauguração da rotunda de acesso da Variante Norte a Faro e a EN2, e trouxe ao Algarve o secretário de Estado das Infraestruturas, que garantiu que as obras na EN125 iriam parar a 30 de Junho, para não prejudicar a imagem da região durante a época alta.

Junho foi também o mês em que David Santos deixou de ser o presidente da CCDR Algarve, depois de ter sido exonerado pelo Governo. Francisco Serra substituiu-o no cargo.

Loulé foi o Município do Ano, no Algarve. A cerimónia de entrega decorreu em Sagres, no concelho de Vila do Bispo, que foi o vencedor do prémio de Município do Ano, a nível nacional, no ano anterior.

O “braço de ferro” entre autarquias e consórcios para a exploração de petróleo teve mais um episódio, com a Câmara de Loulé a recusar a utilização do Heliporto para apoiar a prospeção da Repsol/Partex na região.

Na área da Cultura, o Algarve inaugurou mais um museu, desta vez o Núcleo Museológico da Escravatura, em Lagos.

Com os campeonatos de futebol parados, as 12 horas de Portimão, em motociclismo, foram um dos eventos do ano a nível desportivo. Apesar de reforçada com Miguel Oliveira, a equipa algarvia não conseguiu terminar a prova.

A Câmara de Faro anunciou que tinha 4,3 milhões de euros para investimento no concelho e a proposta foi aprovada por unanimidade pelos vereadores, mas…

Com o Verão à porta, ficaram prontas as obras à entrada da praia de Faro. Também a precisar de obras ficou o prédio de habitação social que sofreu um incêndio, provocando 9 feridos.

Os primeiros números do Turismo começaram a ser conhecidos e davam boas indicações. Entre Janeiro e Abril, o Algarve teve mais meio milhão de dormidas.

Muitos destes turistas vieram da Grã-Bretanha, que optou pelo “Brexit”. O Sul Informação foi saber o que pode mudar na região.

Uma mudança na configuração da EN125 foi o que trouxe a Variante do Troto, que foi inaugurada a 29 de Junho.

Ficar com uma via aberta para a Primeira Liga foi também o objetivo do Portimonense quando foi contratar Vítor Oliveira para o comando técnico do clube. A sentença só será conhecida em Maio de 2017 (talvez antes).

Já a decisão do tribunal sobre Macário Correia, acusado de quatro crimes de prevaricação de titular de cargo público, foi a de condenar o ex-autarca de Tavira e Faro a quatro anos e seis meses de prisão, com pena suspensa.

Julho

Julho pode ser visto como o mês em que começaram a surgir os primeiros sinais de que a luta contra a prospeção e exploração de petróleo no Algarve, nomeadamente em terra, podia ser ganha.

Logo no primeiro dia do mês, a Assembleia da República aprovou uma moção para suspensão das concessões de petróleo e, duas semanas depois, as 16 câmaras algarvias recorreram aos tribunais para tentar parar os contratos do Governo com a Portfuel de Sousa Cintra. Antes de acabar o mês, o consórcio Galp/Eni anunciou que ia adiar o furo que previa começar em Outubro.

Na Feira da Serra de São Brás de Alportel, que teve muitas novidades em 2016, o ministro da Economia admitiu que havia «falhas graves nos contratos» com a Portfuel, que podiam justificar a sua rescisão, o que acabou por acontecer em Dezembro.

Mas, durante as duas primeiras semanas de Julho, o que andava na cabeça dos algarvios era a cavalgada da Seleção Nacional de Futebol, no Europeu, em França. Foi já neste mês que se festejou a passagem às meias-finais da competição e que a região explodiu de alegria com a vitória de Portugal no Euro2016.

As explosões ficaram por aqui, e ainda bem, já que Faro viveu momentos de tensão, devido a um engenho semelhante a uma granada que foi deixado na via pública. A polícia selou a zona e removeu aquilo que se veio a descobrir ser apenas uma réplica.

Bem real foi o incêndio que deflagrou em Monchique, que ainda assustou, mas acabou por ser dominado em poucas horas pelos bombeiros.

Foi igualmente neste mês que foi anunciada uma redução de 15 por cento no valor das portagens da Via do Infante, a partir de Agosto.

Julho também foi marcado pela aprovação do Orçamento Retificativo de Faro, introduzindo cerca de 4,3 milhões de euros para investimento, que a Câmara farense acabou por ser impedida de aplicar.

Mas não foi por isso que se deixou de fazer inaugurações, desde logo das Quatro Águas e da Marginal de Santa Luzia, em Tavira, após requalificação, mas também do Café Aliança, que reabriu portas depois de anos fechado.

A capital algarvia voltou a ser “invadida” por motards de todo o mundo, que mostraram a sua irreverência e imaginação, na mesma altura em que Odemira mostrava, na Faceco, o que de melhor tem para oferecer. Em Loulé, a animação foi garantida por mais uma edição do Festival MED.

Agosto

Em Agosto, o Algarve encheu-se de turistas, ainda mais do que é habitual, e isso notou-se na economia, com a Região de Turismo do Algarve a anunciar o melhor ano de sempre para o turismo algarvio e o desemprego a baixar para os 8,1%, a menor taxa do país.

Aos que já cá vivem e aos muito mais que estavam de visita à região, não faltaram distrações. Entre elas, eventos já consagrados, como a Fatacil, em Lagoa, a Feira Medieval de Silves, o Festival do Marisco e os Dias Medievais de Castro Marim, mas também o Baixa Street Fest, em Faro, que logo na primeira edição «superou as expetativas» da autarquia local.

Não se pense, no entanto, que o mês passou sem sobressaltos. Estes surgiram pela ação dos elementos, nomeadamente o fogo, que lavrou em São Bartolomeu de Messines e obrigou à evacuação de pessoas das suas casas, e a terra e o mar, cujo “conflito” levou à derrocada de uma arriba na praia Maria Luísa, em Albufeira, desta vez sem causar vítimas, ao contrário do que aconteceu há alguns anos.

Outro momento alto do mês foi o sexto lugar conseguido pela algarvia Ana Cabecinha na prova de Marcha Atlética, nos Jogos Olímpicos. A marchadora do Clube Oriental do Pechão e o seu treinador Paulo Murta foram recebidos em festa na sua terra, a aldeia do concelho de Olhão, e desvendaram ao Sul Informação o segredo do sucesso deste pequeno clube.

O mês de Agosto também foi marcado pela decisão dos ex-diretores do IEFP na região (e não só) recorreram a tribunal, para contestarem a sua exoneração do cargo, no início do ano.

Pelo meio, houve mais um sinal de esperança para os que contestavam a exploração de hidrocarbonetos no Algarve, o anúncio do adiamento da prospeção por parte da Repsol/Partex.

Setembro

Em Setembro, os grandes incêndios voltaram à região e motivaram dias de alarme para as populações de Monchique, Portimão e Silves e de muito trabalho para os bombeiros.

Os primeiros focos de incêndio surgiram no dia 3, numa sequência estranha que depressa se confirmou ter mão criminosa, depois de um homem ter sido apanhado em flagrante delito a atear um fogo na Fóia. O fogo acabaria dominado no dia seguinte.

Mas, quando se pensava que tudo estava resolvido e já se faziam balanços do fogo do fim-de-semana, as chamas voltaram a irromper na zona de fronteira entre os concelhos de Monchique e Portimão, com redobrada força, no dia 7.

Foram precisos três dias para dominar este incêndio, que teve o seu ponto mais crítico no dia 8, com os bombeiros a preparar-se para uma noite difícil, devido ao forte vento que se fazia sentir. No dia seguinte, ao final da tarde, o incêndio foi, finalmente, extinto. Para trás, deixou mais de 4400 hectares ardidos.

Entretanto, o Verão estava a chegar ao fim e com ele os grandes eventos estivais. Ainda assim, não faltou um Festival F com recorde de afluência, em Faro, e nova edição da Feira da Dieta Mediterrânica, em Tavira.

Em Setembro, foi anunciado que se iria atingir um número recorde de 7,5 milhões de passageiros no Aeroporto de Faro.

Este também foi o mês de acolhimento dos novos alunos na Universidade do Algarve, o que trouxe novamente à ordem do dia o tema das praxes. O reitor da UAlg impôs regras apertadas, os representantes dos alunos contestaram a medida, mas nem por isso deixaram de dar o exemplo, apostando forte em praxes solidárias.

O mês não acabaria sem nova polémica ligada às demolições. A Sociedade Polis Ria Formosa relançou o processo de tomada de posse de habitações no Farol e nos Hangares, o que levou a uma polémica que envolveu o ministro do Ambiente e que culminaria com a demissão do presidente da Sociedade Polis Ria Formosa, no mês seguinte.

Outubro

Um tornado em Olhão, num dia em que o mau tempo assolou a região e causou estragos, foi um dos eventos que marcou a atualidade do Algarve, em Outubro.

Mas houve outro tipo de “nuvens negras” que se desanuviaram, nomeadamente as das contas de dois municípios, com a aprovação das candidaturas ao Fundo de Apoio Municipal de Portimão e de Vila Real de Santo António.

Por Faro, no mesmo mês em que foi lançada a primeira pedra da há muito reclamada nova ETAR Faro/Olhão, foi conhecido o parecer negativo do secretário de Estado do Orçamento ao plano de investimentos da Câmara, que pretendia aproveitar verbas que transitaram do ano anterior.

Na capital algarvia, também foi notícia o elevado estado de degradação da Doca de Recreio, situação que a Docapesca prometeu resolver em 2017.

O mês também foi animado pela demissão do presidente da Polis Ria Formosa Sebastião Teixeira, que deixou críticas à forma como o Governo geriu a questão das demolições na hora da despedida.

Entretanto, já estavam a decorrer muitas iniciativas do 365 Algarve, programa cultural lançado a pensar na dinamização do turismo na época baixa, que começou em Outubro e dura até Maio.

O que não ajuda o turismo é o impasse nas obras da EN125, cujo recomeço foi apontado «para o final do ano ou início de 2017» pelo ministro do Planeamento e Infraestruturas, numa visita ao Algarve.

Ainda no campo político, estalou o verniz entre a concelhia do PSD de Castro Marim e o edil local, eleito por este partido. A retirada da confiança política da estrutura local do partido não impediu Francisco Amaral de anunciar a recandidatura, com o PSD/Algarve a acabar por confirmar o seu apoio.

Em Sagres, o mês começou com gente de toda a Europa a olhar para o céu, em nova edição do Festival de Birdwatching.

 

Novembro

Uma edição do Festival da Batata Doce que aliou, pela primeira vez, artes e cultura a gastronomia, abriu o mês de Novembro, onde esteve em destaque a reabilitação (mas também a degradação) urbana.

Exemplo disso foi a forte contestação ao plano para a Zona Histórica de Olhão, nomeadamente uma torre de 21 metros de altura que ele previa, entretanto “riscada” pela Câmara.

Em São Brás de Alportel foram as obras no Largo de São Sebastião que deram que falar. A fechar o mês, voltou-se a falar de regeneração urbana em Olhão, devido à queda parcial de um edifício devoluto.

Também no Porto de Pesca de Olhão houve uma derrocada, neste caso de parte de um passadiço, com a Docapesca a prometer investir nesta infraestrutura em 2017.

Em Novembro, ficaram-se a  conhecer os planos de Faro e de Loulé para acolher  os muitos adeptos que são esperados na Final Four da Taça da Liga, que se disputa no Estádio Algarve no final de Janeiro.

Na capital algarvia, também foi notícia a evacuação de um hotel devido à presença de legionella.

Na Universidade do Algarve, repetiu-se a «boa tradição» das Bolsas de Excelência para alunos do 1º ano, mas na Secundária de Tavira, o mês foi de contestação contra a falta de funcionários.

Com as Eleições Autárquicas marcadas para 2017, já começou a guerra política em alguns concelhos, nomeadamente Vila Real de Santo António, onde António Murta e Luís Gomes trocaram acusações.

Em Monchique, “fez-se justiça”, com o início das obras no Tribunal, que reabrirá em Janeiro.

Dezembro

Na reta final do ano, chegaram novas há muito ansiadas pelos algarvios, mas também foram notícia problemas antigos. Dezembro de 2016 ficará para a história como o mês em que foram cancelados os polémicos contratos de prospeção e exploração de hidrocarbonetos no Algarve (ainda que não todos), nomeadamente aquele que mais contestação causou, com a empresa Portfuel do empresário Sousa Cintra, que ganhou concessões para exploração de petróleo em terra, concedidas pelo anterior Governo.

Também revogado foi o fecho da Direção Regional do INEM, que tinha perdido este estatuto anos antes e, com ele, um Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) totalmente operacional. A partir de Janeiro, assegurou o secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado numa visita à região, haverá investimento em «pessoas, equipamentos e viaturas». Na mesma ocasião, o membro do Governo abriu a porta à extinção do CHA, voltando a separar os hospitais de Faro e do Barlavento Algarvio (Portimão e Lagos).

E se dum lado há soluções, os problemas do Serviço Nacional de Saúde, na região, continuam, como provam os três dias em que os hospitais da região estiveram sem urgência de Ortopedia.

E quando já toda a gente estaria a pensar nos planos para a Passagem do Ano, ficou-se a saber que haverá aumentos nas taxas de portagens, um pouco por todo o país, e que a Via do Infante é uma das autoestradas em que elas mais sobem.

Dezembro também foi um mês de prémios, desde logo para duas empresas algarvias, a EC Travel e a Teófilo Fontaínhas Neto, que ganharam o prémio nacional de PME na área de Serviços e da Distribuição Alimentar, respetivamente, mas também para José Louro, uma das referências culturais da região, que ganhou o prémio Maria Veleda da Direção Regional de Cultura (DRC) do Algarve.

No setor da educação, o Sul Informação deu conta dos problemas vividos por três turmas da EB 2,3 João de Deus, de São Bartolomeu de Messines, sem professor de português desde o início do ano letivo, e acompanhou as disputadas eleições na Associação Académica da Universidade do Algarve, que acabaram com a reeleição de Rodrigo Teixeira como presidente da AAUAlg.

O ano terminou com o sucesso do espetáculo de novo circo em Monchique, que trouxe 1300 pessoas à vila mais alta do Algarve, para duas horas de puro deslumbramento e muita festa. Um bom prenúncio para os próximos meses do programa 365 Algarve.

Foi o culminar de um ano muito bom para o Turismo algarvio, que registou casa cheia neste fim de semana do revéillon.

 

Comentários

pub