O Ministério da Cultura, em resposta à moção “Balsa, uma Herança Comum dos Europeus”, aprovada pela Assembleia Municipal de Tavira, confirmou a intenção já adiantada pela Direção Regional de Cultura, em Novembro, de ampliar a “Estação Arqueológica Romana da Luz de Tavira”, localizada na Quinta da Torre de Aires, e de delimitar nova Zona Especial de Proteção (ZEP).
Na resposta à moção, apresentada pelo Grupo Municipal do PS, e aprovada por unanimidade, o ministro da Cultura diz que «a Direção Regional de Cultura do Algarve irá propor à Direção-Geral do Património Cultural a abertura de um procedimento de ampliação da classificação da ‘Estação Arqueológica Romana da Luz’ como Sítio de Interesse Público, abrangendo a totalidade das áreas onde se localizam vestígios efetivamente documentados pelos trabalhos arqueológicos, especificando os conteúdos e as restrições a que o uso do solo deverá ser sujeito e simultaneamente, proceder à delimitação de nova ZEP».
Esta informação foi confirmada ao Sul Informação por Alexandra Gonçalves, diretora regional de Cultura, que adianta que «estamos a trabalhar nessa proposta, para que a Estação Arqueológica e a ZEP sejam ampliadas».
Para que isso aconteça, é necessário que os trabalhos de prospeção arqueológica em curso estejam concluídos e que seja apresentado um relatório final, o que ainda não aconteceu.
Ainda assim, de acordo com Alexandra Gonçalves, «podemos fazer uma proposta provisória. Estamos a fazer um esforço, em concertação com a Câmara de Tavira, e a trabalhar para apresentar um pedido de nova delimitação».
Em comunicado, o PS de Tavira reagiu às respostas do Ministério da Cultura com «regozijo», uma vez que, para os socialistas, a missiva «demonstra respeito pelo Poder Local Democrático, enquanto legítimo representante das populações».
O PS tavirense sublinha «as respostas esclarecedoras do Ministro da Cultura às preocupações de inúmeros cidadãos Tavirenses sobre a situação da Estação Arqueológica Romana da Luz de Tavira, preservação e valorização do seu património e fiscalização de eventuais intervenções na Zona Especial de Proteção» e destaca a clarificação do «papel do Museu Municipal de Tavira no processo, enquanto destino final dos espólios atualmente dispersos».
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