Crianças de Albufeira têm bom acesso à saúde, mas precisam equilibrar alimentação, diz a UAlg

As crianças de Albufeira são bem tratadas naquilo que diz respeito aos Cuidados de Saúde Primários e aos níveis de […]

As crianças de Albufeira são bem tratadas naquilo que diz respeito aos Cuidados de Saúde Primários e aos níveis de afeto, mas há que fazer um esforço maior de promoção de uma alimentação saudável e melhor gestão do tempo, concluiu um estudo sobre a qualidade de vida e bem-estar das crianças em idade pré-escolar e escolar neste concelho, levado a cabo por um grupo de investigadores da Universidade do Algarve, em colaboração com a Câmara albufeirense.

Segundo a UAlg, o estudo determinou que, «de um modo geral, as crianças deste concelho apresentam bons níveis de vigilância de saúde, excelente taxa de vacinação e boa frequência de consultas de saúde infantil».

«Os pais também referem níveis razoáveis de apoio social e práticas educativas com elevado nível de “afeto e carinho”. Existem, contudo, grupos mais vulneráveis com indicadores menos positivos nomeadamente as famílias mais pobres, os imigrantes, e ainda as famílias monoparentais, pais solteiros, separados ou divorciados», salientou a Universidade algarvia.

No fundo, foi «encontrado um cenário favorável ao desenvolvimento saudável das crianças do concelho de Albufeira». Não obstante, «continua a ser necessário fomentar uma alimentação adequada para eliminar os erros alimentares que ainda persistem e promover uma vida equilibrada entre horas de sono e repouso, escola, lazer e atividade física, já que se verificou que há bastantes crianças com deficit de horas de sono e repouso e com pouca atividade física».

A equipa coordenada pelas investigadoras Cristina Nunes, Filomena Matos e Emília Costa, concluiu ainda «que se deveria diminuir o número de horas das crianças na escola, já que a estadia prolongada pode perturbar o estreitamento de laços afetivos dentro da família, assim como a exposição das crianças à TV e dispositivos eletrónicos».

«Outras das recomendações deste trabalho é fomentar a parentalidade positiva e o apoio social informal das famílias, indo ao encontro das recomendações 12 a 19 do Conselho da Europa, capacitando as famílias para serem capazes de tornar as suas crianças cada vez mais felizes, reduzindo o stresse parental», acrescentou a UAlg.

Este trabalho vem ajudar a perceber melhor os fatores de risco e de proteção para o bem-estar infantil e «contribuir para aumentar a eficácia das intervenções que se ajustarão melhor às características e necessidades das crianças e famílias, desenvolvendo adequadas políticas sociais de apoio às famílias».

Participaram neste estudo 480 pais e mães de crianças que frequentam o ensino pré-escolar e o 1º ciclo, no concelho de Albufeira.

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