Teatro Lethes em Faro recebe peça de teatro baseada na história de Catarina Eufémia

A peça de teatro «Catarina», com texto de Jacinto Lucas Pires e encenação de Luís Vicente, é baseada num poema de […]

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A peça de teatro «Catarina», com texto de Jacinto Lucas Pires e encenação de Luís Vicente, é baseada num poema de Sophia de Mello Breyner sobre a história de Catarina Eufémia e sobe ao palco do Teatro Lethes, pela primeira vez, no dia 18 de Novembro, às 21h30, tendo no total 11 sessões agendadas.

Os outros dias de exibição da peça serão 19 de Novembro, às 21h30, 20 de Novembro, às 16h00, 24 de Novembro, às 15h00, 25 e 26 de Novembro, às 21h30, 27 de Novembro, às 16h00, 1, 2, e 3 de Dezembro às 21h30 e, por fim, 4 de Dezembro, às 16h00.

Catarina Eufémia foi uma agricultora alentejana assinada pela PIDE, em 1954, aos 26 anos de idade. Segundo Luís Vicente, o encenador, «celebrar hoje a luta protagonizada por Catarina Eufémia não significa convocar fantasmas do passado ou entrar em caminhos de apologia política, em sentido estrito. Significa, sim, convocar a memória e reivindicar um sentido de dignidade a que todo o ser humano tem direito, não só mas também com o alcance que Sófocles lhe deu na sua Antígona».

luis vicente«O poema de Sophia, Catarina Eufémia, é a esse respeito esclarecedor, nomeadamente, no primeiro e no último versos. Falam de justiça – e para nós, na contemporaneidade, também do seu deficit, que tem vindo perigosamente a caracterizar o nosso tempo e do qual, em meu entender, devemos falar claramente para que não venhamos a ser confrontados com retrocessos infames na nossa vida coletiva. Este é o sentido do espetáculo. E acho que ele nos honrará – a nós, e também a memória dessa heroína: Catarina», acrescenta o encenador.

Do elenco de Catarina fazem parte 24 intérpretes e uma égua. O Teatro Lethes foi redimensionado para receber esta produção que tem «como protagonista uma jovem actriz que tem feito no teatro uma carreira discreta, mas fulgurante, interpretando textos e personagens de referência. Chama-se Ana Cris», diz A Companhia de Teatro do Algarve (ACTA).

Pelos seus desempenhos em «Cais Oeste», «Kilimanjaro» e «Tragédia Otimista», Ana Cris, de 27 anos, tem vindo a merecer a atenção da imprensa especializada e o reconhecimento de um provável lugar ímpar no teatro português contemporâneo, estreando-se em «Catarina» na ACTA.

Os bilhetes para esta peça de teatro podem ser comprados aqui e custam 10 euros.

 

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